Fugitivo de delegacia foi encontrado com arma roubada de policial militar
Lucas Aparecido de Azevedo Silva foi recapturado na zona rural de Ponta Porã e não apresentou resistência
Recapturado na noite de ontem (15), Lucas Aparecido de Azevedo Silva, 29, um dos três bandidos que fugiram da 1ª Delegacia de Ponta Porã na noite de sexta-feira (12), estava com a pistola roubada de um policial militar no momento da fuga. Mesmo armado, ele não apresentou resistência e se entregou ao ser cercado pela força-tarefa montada pela polícia para caçar os fugitivos.
Natural de Paraopeba (MG) e com vários antecedentes criminais por roubo e furto qualificado em Minas Gerais e São Paulo, Lucas foi localizado na zona rural do município de Ponta Porã, na região da Fazenda Santo Antonio, onde outro fugitivo, Marcos Luiz Helmann de Alcântara, 29, tinha sido recapturado ontem de manhã.
O terceiro preso envolvido na fuga, Graziano Henrique Corrêa, 39, ferido a tiro no momento da confusão, nem chegou a sair da delegacia e permanece internado no Hospital Regional de Ponta Porã. Suspeito de ser pistoleiro, Graziano foi preso em Pedro Juan Caballero no dia 6 deste mês. Ele também é de Minas Gerais.
Marcos de Alcântara cumpre pena de 15 anos e 8 meses de prisão por tentativa de feminicídio contra a ex-namorada e por tentativa de homicídio contra o namorado dela. Os crimes ocorreram em 31 de janeiro de 2016, em Sidrolândia.
Graziano foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio contra os policiais, evasão mediante ameaça e roubo qualificado da pistola. Pelos mesmos crimes, a Justiça decretou a prisão preventiva de Marcos e Lucas.
“Mata, mata” – Conforme detalhes do inquérito instaurado para apurar o caso, o policial civil de plantão na 1 DP de Ponta Porã foi dominado pelos três presos quando levava medicamento para um dos detentos que estavam na cela.
O policial militar que estava na delegacia interviu para ajudar o colega e também entrou em luta corporal com os três bandidos. Foi da arma dele que saiu o tiro que atingiu Graziano no ombro. Os presos conseguiram tomar a arma do PM após o dominarem com golpe chamado “mata leão”.
“Mata, mata esse fdp”, teria dito um deles aos comparsas, pedindo que matassem os policiais. O PM chegou a ser colocado de joelhos no chão, mas os presos desistiram de executá-lo. Os dois policiais foram então trancados na cela junto com os outros detentos que não quiseram fugir.
O agente plantonista foi atingido de raspão na orelha por tiro disparado durante a briga. Ferido, Graziano não conseguiu escapar e foi preso na frente da delegacia.