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Interior

Funcionários de hospital protestam contra escalonamento de salários

Helio de Freitas, de Dourados | 11/12/2017 08:39
Funcionários do Hospital da Vida em protesto contra atraso nos salários (Foto: Adilson Domingos)
Funcionários do Hospital da Vida em protesto contra atraso nos salários (Foto: Adilson Domingos)

Funcionários do Hospital da Vida protestam nesta manhã em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Com caixas e cartazes, eles reclamam do terceiro mês seguido de escalonamento dos salários e da falta de perspectiva de pagamento do 13º salário.

De acordo com o presidente da comissão dos funcionários, Robson Adriani Roques Dauzacker, mais uma vez a prefeitura não repassou o dinheiro para pagar toda a folha dos servidores do hospital, que são subordinados à Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde).

“A maioria dos 600 funcionários do hospital recebeu na sexta-feira, mas os profissionais que ganham acima de R$ 3.100 mais uma vez ficaram sem receber. Conversamos com a prefeitura e pedimos que pelo menos o salário-base fosse pago para todos, mas pelo terceiro mês vamos ficar com as contas atrasadas”, afirmou Robson ao Campo Grande News.

Segundo ele, além do escalonamento da folha adotado desde outubro, os funcionários estão apreensivos com a possibilidade de atraso no pagamento do 13º salário. “Temos questionado a fundação e a Secretaria de Saúde sobree o 13º salário e eles informam que não há previsão de pagamento. Além disso, estamos há três anos sem reajuste de salário”.

O protesto ocorreu no acesso principal ao hospital, que presta serviço de urgência e emergência para 33 municípios da região, como mostra o vídeo abaixo.

Crise – O diretor-presidente da Fundação de Saúde, Americo Salgado Júnior, considerou a manifestação dos funcionários “pacífica e válida”. Segundo ele, assim como os demais órgãos da prefeitura, a Funsaud passa por dificuldade financeira.

“O valor repassado não supriu toda a folha e foi feito o escalonamento, pagando até R$ 3.300, assim como todos os funcionários da prefeitura. Acredito que até o final de semana quitamos a folha, pois dependemos dos repasses do convênio”, afirmou ele ao Campo Grande News.

Americo disse que o repasse para a Funsaud está defasado desde 2016. “Assumimos a oncologia e não veio nenhum valor. Somos referencia a 33 municípios, mas o recurso enviado está defasado desde 2010. Contamos com apoio maior do Estado”.

O presidente da Funsaud também apelou à presidência da Câmara de Vereadores, para que antecipe a devolução das obras do duodécimo encaminhado durante o ano ao Legislativo. “Pedimos que a Câmara nos socorra com a devolução do duodécimo, para salvar o 13º dos funcionários da Funsaud”.

Por lei, a Câmara tem até fevereiro de 2018 para devolver as sobras. A prefeitura tenta convencer a presidente da Casa Daniela Hall (PSD) a antecipar a devolução. Entretanto, Daniela faz oposição à prefeita Délia Razuk (PR) e até agora não sinalizou que vá antecipar a devolução das sobras.

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