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Interior

Governo inaugura escolas e centro cultural em aldeias kadiwéus de MS

No total, foram investidos mais de R$ 2,2 milhões nas obras para atender cerca de 3 mil moradores

Jhefferson Gamarra | 20/12/2021 14:46
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em visita à comunidade indígena. (Foto: Divulgação)
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em visita à comunidade indígena. (Foto: Divulgação)

O governo do Estado inaugurou nesta segunda-feira (20), duas novas escolas estaduais e entregou a reforma de um centro cultural em aldeias indígenas kadiwéus de Porto Murtinho, a 439 quilômetros de Campo Grande. Ao todo, foram investidos R$ 2.236.512 nas obras e repassados recursos para pesquisa e fomento do artesanato indígena da região.

“O Estado só cresce se todos crescerem juntos. Estamos olhando para todas as comunidades indígenas, que têm que se desenvolver junto do Estado. E esse é o nosso papel: estar perto para gerar oportunidades e melhoria da qualidade de vida”, avaliou o governador Reinaldo Azambuja ao ser recepcionado pelos indígenas com a Dança do Guguê, realizada em ocasiões sagradas e de celebração de vitórias.

No local, foram entregues a Escola Estadual Indígena Antônio Alves de Barros, que leva o nome da comunidade e a Escola Estadual Indígena Córrego do Ouro, instalada na Aldeia Córrego do Ouro-Terra. Além das escolas, Reinaldo entregou a reforma do Centro Cultural Kadiwéu, na Aldeia Alves de Barros.

O cacique Ciriaco Ferraz, da Aldeia Alves de Barros, ressaltou a importância dos investimentos nas terras kadiwéus, que é formada por 6 aldeias e possui um total de 3 mil índios residentes. “Muito obrigado, governador, pelo que o senhor fez com a população indígena kadiwéu. Isso quem está falando é um guerreiro kadiwéu”, afirmou a liderança indígena.

“As obras das escolas e do centro cultural têm um significado muito grande para resgatar não só a cultura, mas a possibilidade de geração de oportunidades para vocês. São ações que ajudam no desenvolvimento”, frisou o secretário de Infraestrutura, relembrando que em toda a área indígena, o governo construiu 6 escolas, além de ter reformado outras 11.

Escola Estadual Indígena Antônio Alves, que tem capacidade de atender 180 estudantes. (Foto: Divulgação)
Escola Estadual Indígena Antônio Alves, que tem capacidade de atender 180 estudantes. (Foto: Divulgação)

Projetos - A construção da Escola Estadual Indígena Antônio Alves teve início em 2011 e integra o programa de Obras Inacabadas Zero, que foi finalizada após o governo conseguir desbloquear os recursos federais. O prédio possui área construída de 205,20 m², dividida em duas salas de aulas, dois banheiros, uma cozinha e um pátio coberto. O investimento total foi de R$ 412.342,20. A unidade tem capacidade de atender 180 estudantes nos períodos matutino, vespertino e noturno. O início das aulas está previsto para 2022.

A Escola Indígena Córrego do Ouro, construída na Aldeia Córrego do Ouro-Terra, teve investimento total de R$ 1.528.720,02 e segue o modelo padrão do FNDE. O prédio tem seis salas de aulas, bloco administrativo com cinco salas e bloco de apoio, com cozinha, depósito, despensa e banheiros, totalizando uma área construída de 854 m². A unidade tem capacidade para atender 540 estudantes.

A obra de revitalização do Centro Cultural Kadiwéu, na Aldeia Alves de Barros, recebeu investimento total de R$ 295.450,00. O espaço é apropriado para a exposição dos produtos das oleiras e de outros artesãos. O centro cultural conta com um ambiente climatizado e mais estruturado para atender a comunidade indígena local. A revitalização do espaço faz parte do projeto “Pesquisa sobre cerâmica e o fomento da comunidade e cultura Kadiwéu no Mato Grosso do Sul”, que objetiva a melhoria dos processos produtivos das mulheres ceramistas da etnia Kadiwéu; a divulgação dos resultados da pesquisa; e a inovação de práticas para a melhor comercialização das peças.

Centro Cultural revitalizado para o fomento da arte regional. (Foto: Divulgação)
Centro Cultural revitalizado para o fomento da arte regional. (Foto: Divulgação)


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