Homem morto e queimado em praça era foragido do presídio de Corumbá
Suspeito de ter matado quatro peões na Bolívia para roubar, Milcíades Ramon Merlo Trinidad foi morto a tiros
Foi identificado como Milcíades Ramon Merlo Trinidad, 27 anos, o homem que foi morto e teve o corpo queimado numa praça, na cidade de San Matías, na Bolívia. Ele era foragido do Estabelecimento Penal Masculino de Corumbá desde agosto do ano passado, onde cumpria pena de 20 anos por homicídio ocorrido em Ladário.
Conforme o site Diário Corumbaense, Milcíades foi reconhecido por uma ex-companheira, que nesta terça-feira (15) esteve na Delegacia de Polícia Civil de Ladário. Ela confirmou que o corpo era do ex-companheiro, ao reconhecer duas tatuagens por meio de fotos. Uma no braço direito com um símbolo tribal e outra com a inicial do nome dela, a letra S, em um dos dedos. Procurado pela Justiça de Mato Grosso do Sul, Milcíades usava documento falso na Bolívia e chegou a ir algumas vezes para Ladário, mas nunca foi capturado.
Assassinato - Morando na Bolívia, o rapaz foi acusado de ter matado quatro peões de fazenda para roubar maquinários e dinheiro. Os corpos foram achados enterrados em covas, por produtores que preparavam a terra para o plantio, próximo a uma propriedade em que o crime aconteceu. Desde o início, Ramon foi apontado como principal suspeito pela chacina. A polícia boliviana investiga se parentes das vítimas capturaram o suspeito e fizeram justiça com as próprias mãos.
Milcíades foi morto a tiros, teve o corpo levado, sem roupas, para uma praça pública, onde foi “exibido" e depois incendiado, na comunidade de Las Petas. Junto ao corpo, antes de ser queimado, foi localizado documento com o nome de Marcelo da Silva de Oliveira, uma das identidades falsas (do Brasil e do Paraguai) que usava, conforme a Polícia Civil informou ao Diário Corumbaense.
Conforme o delegado Luca Venditto Basso, há indícios robustos de que o homem queimado na Bolívia é a mesma pessoa que praticou o homicídio em Ladário e fugiu do presídio de Corumbá, porém as investigações continuam para uma confirmação exata. Além do homicídio ocorrido em 2018, o rapaz tinha passagem por falsificação de documento público e falsidade ideológica.