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Interior

Juiz decreta prisão de “playboy” que vendia drogas em festa rave

DJ famosinho em Dourados e outro rapaz que também foi preso ontem de madrugada vão ficar em liberdade

Helio de Freitas, de Dourados | 13/12/2021 16:36
Gustavo (à esquerda), Guilherme (centro) e Pedro Sabino, presos por tráfico em festa. (Foto: Reprodução)
Gustavo (à esquerda), Guilherme (centro) e Pedro Sabino, presos por tráfico em festa. (Foto: Reprodução)

O juiz Luiz Alberto de Moura Filho, da 1ª Vara Criminal de Dourados, decretou na tarde desta segunda-feira (13), a prisão preventiva de Pedro Otavio Ricci Sabino, 23, flagrado na madrugada de ontem vendendo ecstasy e lança-perfume em festa rave ocorrida no Parque de Exposições João Humberto Andrade de Carvalho.

Em relação a Gustavo Almeida Freitas de Souza, 20, o “DJ Ala 7”, e Guilherme Amaral da Silva, 23, flagrados na mesma festa também por venda de drogas semelhantes, o juiz decidiu conceder liberdade provisória mediante cumprimento de medidas cautelares e pagamento de fiança de dois salários mínimos.

Os três foram presos por agentes do SIG (Setor de Investigações Gerais), da Polícia Civil, que monitoravam vários suspeitos de fornecer droga na festa rave, a mais badalada do interior de Mato Grosso do Sul.

Filho de empresário e residente em condomínio fechado de alto padrão de Dourados, Gustavo Freitas, o “DJ Ala 7”, já tinha sido preso por organizar festa clandestina em desrespeito às medidas de biossegurança contra a proliferação da covid-19.

Gustavo era o principal alvo dos investigadores por suspeita de fornecer drogas sintéticas em baladas de Dourados. A reportagem apurou que pelo menos dois cúmplices dele, entre eles, um empresário da noite da cidade, também eram alvos, mas conseguiram fugir do flagrante.

Primeiro a ser preso na rave, Gustavo estava com cinco frascos de lança-perfume, também conhecido como “lolô”. Ele negou o tráfico e disse aos policiais que a droga era para consumo próprio.

Quando procurado por interessados em comprar drogas, o DJ disse que sempre indicava Guilherme da Silva, o segundo a ser preso na mesma festa.

Com ele foram encontradas cinco “balas” de ecstasy, um frasco de “lolô” e R$ 400 em dinheiro. Guilherme também negou o tráfico, disse que as drogas eram para seu consumo e apontou Pedro Ricci Sabino como o verdadeiro fornecedor.

Segundo o flagrante registrado na Polícia Civil, ao ser localizado no meio da multidão, Pedro se jogou o chão e reagiu à prisão mesmo após os policiais se identificarem.

Pedro tinha em seu poder oito balas de ecstasy, dois vidros de “lolô” e R$ 1.790 em dinheiro. Ele também negou que estava vendendo as drogas, alegou ser para consumo, mas não conseguiu explicar a origem do dinheiro.

Apesar da polícia apontar ligação entre os três nas audiências de custódia ocorridas na tarde de hoje, apenas Pedro Otavio Ricci Sabino teve a prisão preventiva decretada.

“A prisão preventiva do autuado se faz necessária para assegurar a futura aplicação da lei penal, haja vista que não comprova residência fixa no distrito da culpa, tampouco atividade lícita no corpo social. Nesse passo, nenhuma das medidas cautelares se mostra suficiente, especialmente em vista da ausência de comprovação da residência fixa e atividade lícita no corpo social, assim como pela gravidade do delito em questão”, afirmou o juiz.

Gustavo Freitas de Souza e Guilherme Amaral terão de comparecer todos os meses em juízo, não poderão se ausentar da comarca por mais de 15 dias sem autorização judicial, terão de se recolher em casa no período noturno e nos dias de folga e terão de pagar fiança de dois salários mínimos.

O advogado Renan Pompeu informou ao Campo Grande News que vai pedir a revogação da prisão preventiva de Pedro Sabino.

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