Justiça derruba liminar que mandava tirar índios de área em Dourados
O TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) cassou a liminar da Justiça Federal de Dourados que determinava a retirada de indígenas de uma área na fazenda Curral de Arame. Os índios poderão ficar no local por mais 120 dias até que seja realizada a perícia topográfica e antropológica definindo qual área pertencerá à Reserva Indígena.
O pedido de suspensão foi do MPF (Ministério Público Federal) e da Funai (Fundação Nacional do Índio). Desde 2011 vivem 47 famílias na fazenda e uma área de 26,9 hectares, onde cultivam milho, mandioca e abóboras. O MPF argumenta que a área ocupada faz parte da Reserva Indígena de Dourados.
Atualmente são 13 mil indígenas das etnias guarani-kayowá/ñandeva e terena. A Reserva está localizada na zona norte de Dourados, a 3,5 km da região central e é considerada a reserva indígena mais violenta do país.
Mato Grosso do Sul conta com a segunda maior população indígena do Brasil, com cerca de 70 mil pessoas divididas em várias etnias. Os indígenas ocupam 0,2% das terras indígenas.