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Interior

Membros do PCC ligados a Jarvis Pavão fogem de cadeia no Paraguai

Entre os fugitivos está brasileiro acusado de matar agente penitenciário que descobriu plano de fuga de Pavão, em julho

Helio de Freitas, de Dourados | 26/10/2016 13:03
Policiais no local onde agente penitenciário e o filho foram mortos, em agosto, no Paraguai (Foto: ABC Color)
Policiais no local onde agente penitenciário e o filho foram mortos, em agosto, no Paraguai (Foto: ABC Color)

Quatro bandidos brasileiros, membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), fugiram na manhã de hoje (26) da penitenciária Padre Juan de la Veja, na cidade de Emboscada, na região de Assunção, capital do Paraguai.

A facção criminosa está presente na maioria das cadeias do país vizinho, onde se aliou ao narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, que está preso no presídio de Tacumbú, de onde teria, segundo a polícia paraguaia, tramado a morte do concorrente Jorge Rafaat, com apoio do PCC.

De acordo com a polícia de Emboscada, fugiram Jonathan Rodrigues Lima, 23, preso por homicídio, Mario Monteiro, 29, Alan Cristian de Lucena, 25 e Valdecir Gonçalves, 37, os três últimos presos por assalto.

Jonathan Lima é acusado de participação no assassinato do agente penitenciário Mario Lezcano Mereles, 48, que trabalhava no presídio de Tacumbú. Mario foi morto no dia 24 de agosto deste ano junto com o filho, Mario Alberto Lezcano, 26, no bairro San Isidro de Lambaré, em Assunção.

Em julho, o agente penitenciário tinha descoberto o plano de fuga que provocou a transferência de Jarvis Pavão da penitenciária para a sede de um grupo especializado da polícia, por ordem direta do presidente daquele país, Horácio Cartes.

A Divisão de Investigação da Polícia Nacional do Paraguai acusou o também brasileiro Carlos Henrique Silva Candido Tavares, 36, uma espécie de secretário direto de Jarvis Pavão e um dos líderes do PCC no Paraguai, de ter tramado a morte do agente penitenciário a mando do narcotraficante.

Foi Carlos Tavares que contratou o pistoleiro paraguaio Walter Dario Ayala, 23, para matar Mario Mereles e seu filho. O pistoleiro paraguaio foi preso no dia 3 de setembro no país vizinho, confessou o crime e denunciou os cúmplices.

Com ajuda de guardas – Policiais da 6ª Comissaria de Emboscada suspeitam que guardas da cadeia tenham facilitado a fuga dos brasileiros.

As câmeras de segurança mostram que a fuga ocorreu por volta de 3h da madrugada. Horas depois, Alan de Lucena foi recapturado nas proximidades da cidade. Ele disse que acordou, viu a cela aberta e aproveitou para fugir. Os outros três continuam foragidos.

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