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Interior

Morto a tiros na fronteira é genro de casal executado há 2 semanas na Capital

Ana Cláudia e Pedro Sanguina foram mortos no Portal Caiobá; família era ameaçada por traficantes paraguaios

Dayene Paz | 12/11/2022 08:19
Pecro Celso e Ana Cláudia em foto publicada nas redes sociais. (Foto: reprodução / rede social)
Pecro Celso e Ana Cláudia em foto publicada nas redes sociais. (Foto: reprodução / rede social)

Carlos Anhasco Espinaço, de 39 anos, morto a tiros enquanto construía muro de casa, em Ponta Porã, cidade a 346 quilômetros de Campo Grande e que faz fronteira com Pedro Juan Caballero, no Paraguai, é genro de Ana Cláudia Gonçalves Martinez, 46 anos, e Pedro Celso Ajala Sanguina, 45, também executados a tiros, no dia 26 de outubro deste ano, no Bairro Portal Caiobá, na Capital.

Conforme apurado pela reportagem do Campo Grande News, a esposa de Carlos Anhasco, filha de Ana Cláudia e Pedro Celso, contou que na tarde desta sexta-feira (11) o marido estava construindo o muro de casa, com a ajuda do compadre e o vizinho. Por volta das 16h30, um veiculo sedan, modelo paraguaio, de cor prata, parou em frente a eles, descendo três homens encapuzados. Um deles estava vestido todo de preto e de colete, portando um fuzil. Os outros vestiam camiseta preta e branca, armados com pistolas.

Carlos Anhasco correu, mas foi cercado por pistoleiros e morto. (Foto: Ponta Porã News)
Carlos Anhasco correu, mas foi cercado por pistoleiros e morto. (Foto: Ponta Porã News)

A esposa conta que os autores gritaram: "polícia, não corre", mas Carlos tentou fugir, correndo para o fundo da propriedade. Ele foi seguido pelos homens, que o cercaram e executaram. Depois, saíram gritando para uma das testemunhas não olhar para eles. No local, foram recolhidas cápsulas de 9 milímetros.

Família assassinada - A esposa de Carlos Anhasco contou que os pais - executados a tiros em Campo Grande - já haviam saído de Ponta Porã sob ameaças. Uma familiar também confirmou à polícia que eles eram ameaçados por traficantes paraguaios.

Ana Cláudia teve cinco irmãos executados nos últimos 12 anos, incluindo Leandro Gonçalves Martinez, de 23 anos, morto com 11 tiros. Agora, o genro, Carlos Anhasco.

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