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Cidades

Mulher executada com o marido no Caiobá teve 5 irmãos assassinados

Um deles, Leandro Martinez, foi executado com 11 tiros no dia 3 de outubro na Vila Aimoré, em Campo Grande

Viviane Oliveira e Ana Paula Chuva | 27/10/2022 13:41
Movimentação em frente a casa onde crime aconteceu nesta quarta-feira, 26. (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)
Movimentação em frente a casa onde crime aconteceu nesta quarta-feira, 26. (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)

Executada junto do marido na tarde de ontem (26), na Rua Circe, no Portal Caiobá, em Campo Grande, Ana Cláudia Gonçalves Martinez, de 46 anos, teve cinco irmãos assassinados nos últimos 12 anos. Entre eles, Leandro Gonçalves Martinez, de 23, morto com 11 tiros no dia 3 de outubro deste ano.

O primeiro que morreu foi Clemir Gonçalves Martinez, 25 anos, executado com cinco tiros, na Avenida Brasil, em Ponta Porã, em fevereiro de 2009. O jovem pilotava uma motocicleta, quando foi surpreendido por dois homens em outra moto.

No ano seguinte, Claudemir Gonçalves Martinez, de 30 anos, conhecido como Muller, em outubro de 2010. Ele seguia em um veículo Chevrolet Monza, de cor prata, quando foi surpreendido pelos pistoleiros armados com pistolas de calibre 9 milímetros e 380. O crime aconteceu entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

Em maio de 2015, Ariel Gonçalves Martinez, de 19 anos, foi morto com mais de 30 tiros na MS-386, em uma região conhecida como Três Placas, na saída para a cidade de Aral Moreira. A vítima não tinha documentos e foi identificada por familiares.

Dois anos depois, em fevereiro de 2017, Claudenilson Gonçalves Martínez, de 39 anos, foi executado em Ponta Porã, a 313 km de Campo Grande. Ele havia acabado de sair do sistema prisional e seguia como passageiro em uma picape VW Saveiro, de cor branca. Cerca de 15 disparos de pistola 9mm foram efetuados contra o rapaz.

E, no dia 3 deste mês, Leandro Gonçalves Martinez, de 23 anos, foi assassinado com 11 tiros, na Vila Aimoré. Ele era suspeito pelo assassinato do paraguaio Felix Ruben Martinez Fernandez, de 41 anos, em Ponta Porã, cidade a 300 km da Capital, que faz fronteira com Pedro Juan Caballero, Paraguai.

Da esquerda para a direita, Pedro Celso, Ana Claudia, e o irmão, Leandro Gonçalves (Foto: Reprodução / Rede social) 
Da esquerda para a direita, Pedro Celso, Ana Claudia, e o irmão, Leandro Gonçalves (Foto: Reprodução / Rede social)

No Portal Caiobá - Pedro Celso e a mulher, Ana Cláudia, foram baleados na tarde de quarta-feira. Ela morreu no local e ele chegou a ser socorrido à Santa Casa, mas morreu horas depois. Conforme a Polícia Civil, o casal foi vítima de um atirador que ficou cercando a residência, esperando a chegada dos dois.

Ao descer do carro e abrir o portão, Ana Cláudia foi surpreendida por seis disparos de pistola calibre 9 milímetros. Três tiros atingiram a cabeça e os demais a barriga, pé e mão. Pedro Celso manobrava o veículo na frente da casa e tentou correr, mas também foi atingido.

O casal, que estava junto há 21 anos, se mudou para Campo Grande há um ano. Ambos moravam em Ponta Porã. Eles se mudaram para o local da execução no último domingo (23), depois de deixar a casa em que o irmão de Ana Cláudia, Leandro Gonçalves Martinez, de 23 anos, foi assassinado com 11 tiros no dia 3 deste mês, na Vila Aimoré.

Segundo a ex-cunhada de Ana Cláudia, a família era ameaçada de morte por traficantes paraguaios. O irmão mais velho das duas vítimas mortas neste mês, que não teve o nome divulgado, está preso no complexo penitenciário de Campo Grande por ter cometido cerca de sete homicídios na cidade de Ponta Porã e no Paraguai.

Pedro Celso sendo socorrido por equipe do Samu após ser baleado. (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)
Pedro Celso sendo socorrido por equipe do Samu após ser baleado. (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)

Homicídio - Pedro Celso é acusado de partição no homicídio de Salvador Nunes de Lima, de 23 anos. O rapaz foi assassinado a tiros por dois homens numa motocicleta de modelo do Paraguai, de cor preta, sem placas, numa partida de futebol por volta das 16h30 do dia 7 de março de 2010, na quadra de areia do Jardim Independência. Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), era Pedro Celso que conduzia a moto quando o comparsa dele desceu e efetuou os disparos.

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