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Interior

MS estuda chamar Força Nacional e avança em apuração sobre conflito

“Estamos fazendo nossa parte, identificar as lideranças e tentar fazer a prisão”, afirma secretário adjunto da Sejusp

Aline dos Santos | 07/01/2020 09:17
Policiais do DOF em área de confronto com índios, em Dourados (Foto: Sidnei Bronka/Ligado na Notícia)
Policiais do DOF em área de confronto com índios, em Dourados (Foto: Sidnei Bronka/Ligado na Notícia)

Presente em quatro cidades de Mato Grosso do Sul, a Força Nacional de Segurança também pode ser empregada em Dourados, que na sexta-feira (dia 3) foi palco de conflito fundiário entre índios guarani-kaiowa e seguranças de sitiantes.

De acordo com o secretário adjunto da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), o coronel da Polícia Militar Ary Carlos Barbosa, é elaborada uma nota técnica, que define local e área de atuação dos integrantes da Força Nacional. O documento será encaminhado ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a quem cabe fazer o pedido ao governo federal.

Segundo o secretário adjunto, a Força Nacional já atua em Caarapó (também conflito entre índios e fazendeiros), Naviraí, Ponta Porã e Corumbá. A investigação sobre o confronto em Dourados, que teve três índios e um segurança feridos, é feita pela Polícia Civil. “Lá é área particular, lindeira à aldeia. A investigação está bem adiantada”, diz Barbosa.

Quando o conflito é em terra indígena, a apuração é feita pela PF (Polícia Federal), que neste caso, somente deu apoio à Polícia Civil. 

“Estamos fazendo nossa parte, identificar as lideranças e tentar fazer a prisão”, afirma o secretário. Já o reforço da Força Nacional é para evitar invasões. “O nosso pedido será para que atue na região de conflito, tentar pacificar e evitar novas invasões, confrontos, ferimentos”.

Audiência - O secretário especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Luiz Antônio Nabhan Garcia, esteve em Dourados ontem e ouviu, em duas oportunidades, os pedidos dos produtores rurais. Antes de retornar a Brasília, comprometeu-se a trabalhar pela realização de audiência pública pelo Congresso Nacional na cidade sobre o impasse e, também, pelo reforço do policiamento na região.

Presidente em exercício da Funai (Fundação Nacional do Índio), o delegado da Polícia Federal Alcir Teixeira Gomes também veio a Mato Grosso do Sul.

A área de conflito fica entre o anel viário e a Avenida Guaicurus, em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Grupos indígenas vindos de várias partes de Mato Grosso do Sul estão acampados nos arredores dos sítios desde outubro de 2018. Eles reivindicam a inclusão das terras na reserva de Dourados, criada em 1917.

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