Município decreta emergência pela segunda vez e aguarda ajuda
Equipes da Defesa Civil continuam em alerta para problemas relacionados às chuvas intensas em Mato Grosso do Sul
Município de Eldorado, distante 447 quilômetros de Campo Grande, publicou um novo decreto de emergência, na manhã desta quinta-feira (11), por conta dos estragos causados pela chuva na cidade.
Por conta das chuvas intensas que atingem a cidade desde outubro, de acordo com a Defesa Civil, ruas foram alagadas, pontes destruídas e estradas ficaram esburacadas. No primeiro dia de novembro do ano passado, o município chegou a decretar emergência pela primeira vez, mas segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, Wilson Duarte, nenhuma resposta por parte do Governo Federal foi recebida.
"A gente espera que, com esse novo decreto, o município agora tenha mais ajuda do Estado e do Governo Federal. Até porque daqui uns dias as aulas retornam e, se continuar assim, teremos problemas", afirmou Wilson.
Ainda segundo ele, um levantamento minucioso foi realizada por toda a cidade e foi identificado a necessidade de complementação do agravante, por conta dos novos estragos desde a publicação do primeiro decreto.
Na avenida Portugal, por exemplo, extensão da rodovia MS-295, a chuva abriu crateras e deixou a pista praticamente intransitável. Apenas veículos leves passam pelo local. "A cidade precisa de um sistema de drenagem melhor, mas o município ainda não teve condições de providenciar isso", ressaltou Valter.
Outra preocupação na cidade é com os rios Iguatemi e Paraná, que mesmo estando em níveis considerados normais, com a previsão de mais chuva para a região, eles podem voltar a subir.
Rios no Estado - De acordo com a Defesa Civil Estadual, o nível de todos os rios de Mato Grosso do Sul é considerado normal. Mas, como a previsão é de mais chuva no Estado, equipes continuam em alerta em municípios como Coxim, Aquidauana, Miranda e Bela Vista.
Sobre Eldorado, o técnico da Defesa Civil estadual, Valter Antunes, afirmou que a situação na cidade fica pior por conta dos primeiros estragos. "Eles já vinham enfrentando problemas com pontes que caíram e dutos que foram levados, desde o ano passado, então qualquer probleminha a mais se torna preocupante. O solo por lá é muito complicado e os buracos que se abrem são tapados com a terra do local que, quando chove, acaba sendo levada tudo de novo", afirmou.