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Interior

Paciente nega ser terrorista, mas usou documento falso para entrar em hospital

Numeração de certidões usadas para registrar homem em unidade de saúde são falsos

Anahi Zurutuza | 10/08/2021 17:48
Paciente nega ser terrorista, mas usou documento falso para entrar em hospital
Numeração de documentos apresentados por paciente e acompanhante está em nome de mulheres. (Foto: ABC Color)

O homem deixado “para morrer” no Hospital Regional de Pedro Juan Caballero conversou com a procuradora Reinalda Palacios, na tarde desta terça-feira (10), e negou ser Alejandro Ramos Morel, o “Tenente Joel”, criminoso procurador pela polícia paraguaia e fundador do grupo terrorista EML (Exército de Mariscal López). Contudo, os documentos usados por ele e por um suposto enteado para registrar a entrada na unidade de saúde são falsos.

A polícia investiga se Morel teria sido deixado no principal hospital da cidade paraguaia, separada apenas por uma avenida de Ponta Porã (MS), por outros guerrilheiros, uma vez que está em estágio terminal e com parte do rosto deformado por um câncer.

Mais cedo, o comissário da Polícia Nacional, Hugo Diaz, chefe de Investigações do estado de Amambay, havia informado que o homem está sob custódia. Ele disse que o paciente se parece com Alejandro Ramos Morel, que fundou o EML em 2015, depois de ser expulso de outro grupo terrorista, o EPP (Exército do Povo Paraguaio).

Paciente nega ser terrorista, mas usou documento falso para entrar em hospital
Alejandro Morel, terrorista procurado. (Foto: ABC Color)

Conforme noticiado pelo site ABC Color, nesta tarde, na conversa com a procuradora, o paciente disse ser Lino Vega Valenzuela, nome apresentado para a internação. Ela afirmou que o homem está lúcido, mas não consegue responder todas as perguntas porque começa a tossir. A polícia paraguaia está atrás das pessoas que ele indica como parentes para confirmar a história do suspeito.

Para dar entrada no hospital, o homem apresentou apenas uma certidão de nascimento, que o número do documento corresponde ao de uma mulher de 42 anos, no Banco de Dados de Identificação da Polícia Nacional do Paraguai. O homem registrado como acompanhante, Ramão Moreira Vega, também mostrou numeração que, na verdade, pertence a uma mulher de 46 anos.

Há problemas com as digitais do paciente também, que não correspondem às de Alejandro Morel e nem de Lino Veiga. O caso segue sendo investigado.

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