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Interior

Paraguai investiga se homem deixado em hospital para morrer é líder terrorista

Homem internado em Pedro Juan seria o “Tenente Joel”, fundador do Exército de Mariscal López

Helio de Freitas, de Dourados | 10/08/2021 14:37
Paraguai investiga se homem deixado em hospital para morrer é líder terrorista
Guerrilheiro no início dos anos 2000 (à esquerda) e atualmente, acometido pelo câncer. (Foto: Reprodução)

A polícia paraguaia tenta confirmar se o homem bastante doente abandonado hoje (10), no Hospital Regional de Pedro Juan Caballero, é Alejandro Ramos Morel, o “Tenente Joel”, fundador do grupo terrorista EML (Exército de Mariscal López).

Em estágio terminal e com parte do rosto deformado pelo câncer, Morel teria sido deixado na porta do hospital por outros guerrilheiros "para morrer". Pedro Juan Caballero é separada apenas por uma rua de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

O comissário da Polícia Nacional Hugo Diaz, chefe de Investigações do estado de Amambay, informou que o homem está sob custódia. Ele disse que o paciente tem as características de Alejandro Ramos Morel, que fundou o EML em 2015, depois de ser expulso de outro grupo terrorista, o EPP (Exército do Povo Paraguaio).

Entretanto, segundo o comissário, ainda não está confirmado se, de fato, trata-se de Alejandro Ramos Morel. A polícia ainda espera o resultado da busca através das impressões digitais.

No dia 1º deste mês, dois guerrilheiros paraguaios foram mortos em confronto com militares do Comando de Operações de Defesa Interna na região de Horqueta, a 170 km de Ponta Porã. Os mortos foram identificados como Alcides Mereles Carballo, 29, e Alejandro Antonio Ramos Ramirez, 22, filho do “Tenente Joel”.

Alejandro Ramirez seria o atual comandante do grupo terrorista. Ele teria assumido o posto do pai há dois anos, por causa do agravamento do câncer do “Tenente Joel”. A polícia paraguaia não conseguiu confirmar a identidade do rapaz, mas dois dias depois, os familiares fizeram o reconhecimento e resgataram o corpo.

A região norte do Paraguai, onde fica a fronteira com Mato Grosso do Sul, tem forte presença do EPP e também da ACA (Agrupación Campesina Armada), outro grupo criado por dissidentes do Exército do povo Paraguaio. Além de atacar forças policiais e militares, os grupos terroristas praticam sequestros e incendeiam propriedades rurais.

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