Pavão perde recurso e extradição para o Brasil fica cada vez mais próxima
Procuradoria Geral do Paraguai negou apelação que tentava barrar pedido de extradição feito por juíza do Rio Grande do Sul
O narcotraficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenez Pavão, 49, apontado como um dos maiores fornecedores de cocaína para o Brasil e para a Europa e sócio do PCC (Primeiro Comando da Capital) na execução de Jorge Rafaat Toumani, está mais próximo da extradição para o território brasileiro.
A Procuradoria Geral do Paraguai, onde ele está preso desde 2009, negou o recurso da defesa e considerou procedente o pedido de extradição feito pela Justiça do Rio Grande do Sul, onde Pavão é acusado de comandar a distribuição de drogas.
Natural de Ponta Porã, onde tem familiares e negócios, Jarvis Pavão foi preso há nove anos no Paraguai e acabou sendo condenado por lavagem de dinheiro.
Apesar de todas as denúncias contra ele naquele país, inclusive de uma suposta trama para matar o presidente Horácio Cartes, o brasileiro não recebeu nenhuma outra condenação e se não for extraditado pode ganhar a liberdade em dezembro deste ano.
Para evitar a extradição solicitada pelo juiz Rafael Farinatti Aymone, de Caxias do Sul (RS) e determinada pela juíza paraguaia Gricelda Caballero para ser cumprida após o brasileiro responder por seus crimes no Paraguai, a defesa dele, que é feita por seis advogados paraguaios, entrou com recurso, mas o procurador Roberto Zacarias negou o pedido.
No Para o procurador, o recurso da defesa é improcedente. Ele pediu que a Câmara de Apelações do Paraguai confirme a sentença de extradição.
No pedido de extradição apresentado em março deste ano, o juiz Rafael Farinatti Aymone afirma que Jarvis Pavão é réu junto com outras 44 pessoas em um processo por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico, e homicídio qualificado.
Existe outra sentença de extradição favorável à extradição de Jarvis Pavão para o Brasil. A primeira decisão se refere a um pedido em decorrência de uma condenação de 17 anos de prisão em Santa Catarina, mas, a exemplo da sentença atual, a primeira só será colocada em prática após o narcotraficante cumprir sua pena em território paraguaio.
Jarvis Pavão está preso na sede de um grupo especializado da Polícia Nacional do Paraguai em Assunção.