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Interior

Polícia liga morte de irmãs decapitadas à execução do irmão de Jarvis Pavão

Polícia paraguaia suspeita de envolvimento das vítimas na morte do comerciante Ronny Pavão, ocorrida em março deste ano

Helio de Freitas, de Dourados | 12/06/2017 11:25
Caminhonete queimada com corpos de irmãs, no dia 7 deste mês, em Pedro Juan (Foto: ABC Color)
Caminhonete queimada com corpos de irmãs, no dia 7 deste mês, em Pedro Juan (Foto: ABC Color)

O Ministério Público do Paraguai criou uma força-tarefa para investigar o assassinato das irmãs Fabiana Aguayo Baez, 23, e Adriana Aguayo Baez, 28, ocorrido na madrugada do dia 8 deste mês na zona rural de Pedro Juan Caballero. Elas foram sequestradas, decapitadas e tiveram os corpos carbonizados na carroceria de uma caminhonete Ford Ranger.

Além da suspeita de que a execução tenha sido determinada por Juliano Pereira, 39, ex-marido de Fabiana e que está preso em Campo Grande, outras linhas de investigação estão sendo analisadas pelos promotores e policiais que atuam no caso.

Apesar da suspeita contra o bandido recolhido na Capital, fontes da Polícia Nacional do Paraguai revelam que os indícios são de que o crime foi ordenado pela máfia do tráfico de drogas que atua na fronteira de Pedro Juan Caballero com Ponta Porã.

Outra linha de investigação liga o caso à morte do comerciante Ronny Gimenez Pavão, 38, ocorrida no dia 14 de março deste ano, em Ponta Porã.

Ronny era irmão do narcotraficante Jarvis Gimenez Pavão, 49, que está preso em Assunção e é apontado como o principal fornecedor de cocaína que sai da Bolívia, passa pelo Paraguai e chega ao Brasil e vai para a Europa.

Irmãs paraguaias decapitadas e queimadas na fronteira (Foto: Arquivo)
Irmãs paraguaias decapitadas e queimadas na fronteira (Foto: Arquivo)


Esquartejado – A execução das irmãs com requintes de crueldade – elas foram decapitadas com facões e uma motosserra e as cabeças jogadas as 400 metros dos corpos – é o segundo caso macabro envolvendo suspeitos de envolvimento da morte de Ronny Pavão.

No dia 22 de março, o paraguaio Americo Ramírez Chaves, 37, foi sequestrado em Pedro Juan Caballero, horas antes de ser encontrado com a cabeça e os membros separados do corpo e jogados em sacos de lixo ao lado do aeroporto internacional de Ponta Porã.

De acordo com o subcomissário Víctor López, subchefe do Departamento de Investigações de Delitos da Polícia Nacional, as irmãs eram amigas de Américo e sua mulher e teriam bancado as despesas com funeral e enterro do paraguaio, citado como um dos pistoleiros que executaram Ronny Pavão.

Em 2012, o então marido de Adriana, Agustín Rolón Gómez, na época com 32 anos de idade, foi executado com tiros de fuzil em Ponta Porã. Ele também tinha envolvimento com o crime organizado, segundo a polícia paraguaia.

De mudança – Policiais que foram à casa de onde as irmãs foram sequestradas afirmaram que elas estavam se preparando para deixar o local. Móveis e roupas estavam encaixotadas, indicando que elas se mudariam em breve, possivelmente para o lado brasileiro. Fabiana estaria namorando um policial civil de Mato Grosso do Sul.

Fabiana e Adriana também atuavam na venda de drogas, segundo a polícia, mas forneciam pequenas quantidades. Meio quilo de maconha foi encontrado em uma caminhonete Toyota Hilux que estava na casa e pertencia a uma das vítimas.

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