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Interior

PF apreende armas, munições e drogas durante investigação de compra de votos

Duas pistolas foram encontradas nas ações da Operação Mercês. Alvos são servidores e vereadores do município

Geisy Garnes e Aline dos Santos | 19/10/2021 10:18
Durante as buscas, policiais federais encontraram armas, munições e drogas. (Foto: Henrique Kawaminami)
Durante as buscas, policiais federais encontraram armas, munições e drogas. (Foto: Henrique Kawaminami)

Armas, munições e drogas foram encontradas pela Polícia Federal durante buscas da Operação Mercês, que investiga esquema de compra de votos na última eleição municipais de Corumbá – a 419 quilômetros de Campo Grande. Os alvos da ação são servidores públicos e vereadores da cidade que teriam usado a estrutura pública para ganhar apoio político.

Conforme informações preliminares, duas pistolas e munições foram encontradas em um dos endereços visitados pelos policiais na manhã desta terça-feira (19). Em outro local, foram apreendidas pequenas porções de drogas. O proprietário chegou a ser levado para a delegacia, mas como o flagrante configurou uso pessoal de droga, ele foi liberado após assinar Termo Circunstanciado de Ocorrência.

Não há informações sobre prisões. A operação cumpre sete mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados. Todos são servidores públicos ou integrantes do Poder Legislativo municipal.

Segundo a Polícia Federal, o grupo usou a estrutura pública para negociar troca de favores, ou troca de benefícios e assim conseguir apoio político para suas candidaturas nas eleições municipais de 2020.

Até o momento, as apurações apontam que o grupo teria praticado crimes eleitorais e contra a administração pública. Toda a operação segue em sigilo e, por isso, os nomes dos investigados não foram divulgados pela polícia.

Em nota oficial enviada ao Diário Corumbaense, a Câmara de Corumbá afirmou que investigação federal “não tem nada a ver” com a instituição. “A ação está relacionada à possível associação criminosa voltada a compra de votos nas eleições de 2020, e os investigados são pessoas físicas que teriam praticado crimes eleitorais".

O termo “mercês”, que dá nome a operação, vem do latim e sintetiza o modo de funcionamento da prática eleitoreira clientelismo, esquema observado na investigação.

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