Piloto que transportava droga para Rafaat e Jarvis é encontrado morto
Foragido desde 2015, Marcelo Ramón Díaz Franco, de 45 anos, foi encontrado morto na noite de quinta-feira (29) no apartamento em que morava, em Assunção, capital do Paraguai. Natural de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada por uma rua de Ponta Porã, o narcotraficante era conhecido por pilotar aviões a serviço do tráfico de drogas.
O piloto operava para a rede liderada por Jorge Rafaat Toumani, que na época era o chefe da fronteira, mas também transportava cocaína para o grupo liderado por Jarvis Chimenes Pavão, de acordo com as investigações. Raffat foi executado em 15 de junho de 2016.
A suspeita é de que Marcelo Ramón tenha morrido de overdose, porque foram encontrados vestígios da droga no pulmão durante a autópsia realizada ontem. Também há suspeitas de excesso de álcool, pois o corpo exalava forte odor e várias garrafas vazias, principalmente de uísque, que foram encontradas no local.
No entanto, os laudos com a causa da morte só estarão disponíveis em cerca de 45 dias, segundo a imprensa paraguaia. Marcelo Ramón fazia parte do grupo de pilotos que operava para a empresa San Jorge, proprietária de uma frota de sete aviões das 22 aeronaves apreendidas em 6 de julho de 2015 durante operação no Aeroporto Augusto Roberto Fúster, em Pedro Juan Caballero.
A operação foi realizada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) que investigava esquema na Dinac (Direção Nacional de Aeronáutica Civil), suspeita de facilitar voos clandestinos de traficantes de drogas.