PM não ameaçou sacar arma antes de ser morto por colega, conclui inquérito
A Policial Civil de Aquidauana concluiu nesta sexta-feira (1º) o inquérito policial que investiga as circunstâncias do homicídio do Policial Militar Ambiental, Jurandir Miranda, executado com 7 tiros pelo colega de profissão, Izaque Leon Neves, indiciado pelo crime. Em depoimento Izaque alegou que Jurandir foi ao local da execução com a intenção de matá-lo, pois já teria o ameaçado anteriormente.
No entanto, a polícia concluiu que apesar da vítima estar armada no momento do crime ele sequer teria sacado o revólver, contrariando a versão inicial de que Izaque teria reagido no momento em que o policial colocou a mão sob a camiseta. A arma da vítima estava guardada em uma bolsa que carregava. Conforme o boletim de ocorrência da Polícia Civil, Izaque estava sentado em frente à sua lanchonete, conhecida como Fênix, quando Jurandir se aproximou pilotando a motocicleta Yamaha/XTZ 125 branca, fez uma conversão na via e estacionou em frente ao estabelecimento.
Não foi possível concluir se a vítima teria ido ao encontro do policial, apenas para provocá-lo. Testemunhas e familiares do autor e da vítima confirmaram o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia de Aquidauana, Jackson Frederico Vale, que os dois se desentendiam há muito tempo, inclusive com punição para ambos na Justiça Militar.
O motivo seriam as mensagens que o autor estaria enviando para a namorada de Jurandir, sua ex. Ela namorava a vítima e pediu proteção policial contra o ex-marido após o crime. A Polícia Militar também instaurou inquérito policial militar para apurar os fatos.
Após os disparos, na noite do último dia 24 de outubro, Izaque fugiu do local, mas se apresentou à Corregedoria da Polícia Militar em Campo Grande, na manhã deste sábado (26). Do local ele foi encaminhado para o presídio militar, no Complexo Penal de Campo Grande.