Polícia encontra cativeiro onde empresária brasileira ficou refém por 30 horas
Empresária foi sequestrada quando chegava em empresa e bandidos pediram R$ 3 milhões pelo resgate
O Departamento Anti-sequestro da Polícia Nacional do Paraguai encontrou, nesta quarta-feira (9), o local onde a empresária brasileira, Célia Dolizete de Morais, 56 anos, foi mantida refém por bandidos. Ela foi sequestrada no sábado (5) e os criminosos pediram R$ 3 milhões pelo resgate. Duas mulheres foram presas até o momento por envolvimento no crime.
Vídeo divulgado pelo jornal local mostra a casa utilizada como cativeiro pelos criminosos, na Colônia Mafussi, em Pedro Juan Caballero. De acordo com a polícia, foi expedido mandado de busca e apreensão no local, sendo que os policiais fizeram as buscas acompanhados de representantes do Ministério Público.
No local, foram apreendidas latas, garrafas, alimentos, fronha de cama, uma camisa, máscaras e papel higiênico. Os materiais foram encaminhados para o laboratório, onde passarão por perícia, o que ajudará na investigação do caso.
Sequestro - Célia foi abordada quando estava saindo de sua caminhonete, em Ponta Porã, e chegando em uma das empresas da família. Ela é esposa do empresário brasileiro Jonas Pinheiro, proprietário de um comércio de materiais de construção.
Toda a situação foi filmada por câmeras de segurança, que mostram dois homens saindo do veículo para abordar a vítima (vídeo abaixo). Inicialmente, os sequestradores haviam pedido R$ 5 milhões para o resgate, mas diminuíram o valor para R$ 3 milhões.
Uma mulher, que não teve o nome divulgado, fez o contato com a família e foi presa na noite de sábado, em São Paulo, enquanto seu marido, o negociador, conseguiu pular o muro da casa e fugir da polícia. Também neste sábado, em Pedro Juan Caballero, foi encontrado e periciado um Volkswagen Gol cinza, utilizado para levar Célia até o Paraguai. Neste local, foi presa a segunda envolvida no crime, Agustina Arce, de 29 anos.
Célia foi liberada do cativeiro no domingo, cerca de 30 horas após o sequestro. Diretor do Departamento de Polícia do Interior, o delegado Lupércio Degerone explicou que as duas prisões efetuadas em São Paulo e no Paraguai foram essenciais para o desfecho, pois Célia foi deixada em uma rua próxima à saída para Dourados pelos criminosos.
"Quando estava na rua, no Paraguai, eu estava passando com um carro descaracterizado na linha internacional, quando a vi. Um policial que estava comigo gritou por ela, em seguida, ela correu para a viatura em que eu estava", explica o delegado sobre o resgate da vítima.