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Interior

Policial foi morto por prometer vingar colega executado há 8 meses

Fredy Díaz, morto no dia 13 deste mês, era amigo de Antonio Alvarenga, assassinado em maio do ano passado

Helio de Freitas, de Dourados | 26/01/2021 11:04
Policial observa carro conduzido por investigador, executado no dia 13 em Pedro Juan (Foto: Arquivo)
Policial observa carro conduzido por investigador, executado no dia 13 em Pedro Juan (Foto: Arquivo)

O investigador da Polícia Nacional do Paraguai Fredy César Díaz, 30, executado por dois pistoleiros no dia 13 deste mês na fronteira com Mato Grosso do Sul, planejava vingar a morte do amigo e colega de profissão Antonio Alvarenga Franco, também de 30 anos.

Antonio foi morto por pistoleiros em maio do ano passado em Yby Yaú, povoado a 100 km do território sul-mato-grossense. Os dois foram vítimas do mesmo pistoleiro, Hugo César Lazarte Arguello, 29, o “Tuka’i”, preso sábado (23).

A polícia paraguaia já identificou o piloto da moto ocupada por Hugo César no atentado que resultou na morte de Fredy Díaz. Derlis Valenzuela Villalba, 31, o “Ka’i”, outro pistoleiro conhecido na fronteira, está foragido.

Fredy foi executado no meio da rua em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande. Ele conduzia um SUV Jeep Compass, roubado no Brasil e com placa falsa do Paraguai.

O caso foi desvendado ontem (25) com a prisão do suboficial da Polícia Nacional Cipriano Javier Silva Portillo, 37. Cipriano usou seu carro Toyota IST branco para dar fuga aos dois pistoleiros. Ele também é acusado de atuar como espião para os traficantes, passando informações sigilosas sobre operações policiais.

Cartéis da droga – Segundo a polícia paraguaia, Hugo César Lazarte Arguello faz parte da quadrilha de Jorge Teófilo Samudio González, 48, o “Samura”, um dos três bandidos mais procurados no Paraguai.

Samura foi resgatado pela organização em setembro de 2019 quando era levado de volta para o presídio na região da capital Asunción. O ataque ao comboio policial causou a morte do comissário Félix Ferrari, 43. Samura nunca mais foi recapturado.

A investigação revelou que Hugo Lazarte e seu irmão, Héctor Lazarte, também pistoleiro de Samura, participaram do resgate do chefe em 2019. Em abril de 2020, Héctor foi preso pelo policial Antonio Alvarenga Franco em Yby Yaú. Por isso, Hugo Lazarte decidiu matar o policial, como vingança pela prisão do irmão.

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