Prefeitura é cobrada para mudar trajeto de ônibus escolar que dura até 6h
Alunos da zona rural se desgastam no caminho demorado, com paradas em 100 porteiras e colchetes de fazendas
A Prefeitura de Camapuã, município com cerca de 14 mil habitantes que fica a 140 quilômetros de Campo Grande, é cobrada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul quanto ao desgaste que alunos da zona rural estão sofrendo no caminho até a escola e na volta para casa.
Crianças e adolescentes chegam a ficar seis horas dentro do ônibus escolar, somando ida e volta, segundo apurou a promotoria do órgão. Fora isso, ainda têm cerca de quatro horas de estudos no dia.
O longo trajeto inclui paradas em aproximadamente 100 porteiras e colchetes de fazendas. A demora foi identificada em sete linhas: Mata-mata, Barreiro, Corrégo Silada, Pirizal, Galdino, Baia do Búfalo e Luizinha.
O Ministério Público destaca que o tempo gasto no transporte desrespeita a Lei Estadual nº 5.146/2017, que fixa como quatro horas o limite máximo de permanência de estudantes dentro de ônibus escolares, contando ida e volta.
O pedido é que a prefeitura trace outros trajetos para as linhas, que não incluam propriedades particulares com obstáculos como as porteiras e colchetes e que priorize seguir "a linha-mestra" do caminho até as escola.
O Município de Camapuã terá que responder, no prazo de 5 dias após ser notificado, se fará as mudanças. O Ministério Público quer, ainda, que a prefeitura resolva a situação antes do fim do ano letivo e pede que crie um plano para isso, em 30 dias.
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