Presa em crime por “prova de amor” quer cela especial ou prisão domiciliar
Regiane é acusada de ajudar o amante a matar e incinerar o corpo da funcionária pública Nathália Alves Corrêa Baptista
Presa há seis meses por um crime que chocou pela crueldade e pela motivação de “prova de amor”, a professora Regiane Marcondes Machado pede à Justiça transferência para cela especial ou prisão domiciliar.
No pedido de providências, a defesa apresentou o diploma de ensino superior da presa e destacou que o Código de Processo Penal prevê que, antes de condenação definitiva, os diplomados devem ser recolhidos a quartéis ou prisão especial.
Regiane está presa desde 24 de agosto em Campo Grande por um crime ocorrido em Porto Murtinho, a 431 km da Capital. Ela é acusada de ajudar o amante, José Romero, 37 anos, a matar e incinerar o corpo da funcionária pública Nathália Alves Corrêa Baptista, 27 anos. O crime aconteceu entre a noite do dia 15 e a madrugada do dia 16 de julho do ano passado.
Tanto a mulher presa quanto a vítima mantinham relacionamento amoroso com Romero, que era gerente de pousada em Porto Murtinho. Nathália foi dopada e morta a golpes de barra de ferro pelo homem, como "prova de amor" a amante. Regiane foi denunciada por homicídio doloso por motivo torpe, meio cruel, emboscada e feminicídio.
O juiz Jorge Tadashi Kuramoto, da Vara Única de Porto Murtinho, determinou que a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informe se há cela especial no presídio feminino Irmã Irma Zorzi. “Caso negativa a resposta, deverá informar quais estabelecimentos prisionais femininos no Estado de Mato Grosso do Sul possuem a referida cela privativa”.