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Interior

Professores fazem assembleia hoje para decidir sobre greve por reajuste

Helio de Freitas, de Dourados | 16/08/2017 08:55
Professores durante protesto na prefeitura, em junho (Foto: Adilson Domingos)
Professores durante protesto na prefeitura, em junho (Foto: Adilson Domingos)

Professores da Rede Municipal de Ensino fazem assembleia nesta manhã para decidir sobre o início de uma greve por tempo indeterminado em protesto contra a falta de reajuste salarial. A correção de 7,64% do piso nacional ainda não foi aplicada pela prefeitura. Administrativos também estão com salários defasados.

Os alunos serão dispensados às 9h para que os professores participem da assembleia, na sede do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação).

Dourados tem 45 escolas com 27 mil alunos e 36 Ceims (Centros de Educação Infantil Municipal), com três crianças de até cinco anos de idade.

Na segunda-feira (14), o Simted entregou um documento à prefeita Délia Razuk (PR) com dez reivindicações, entre as quais o reajuste dos salários retroativo a abril deste ano, concurso público para administrativos e pagamento de difícil acesso.

O sindicato acusa a prefeita de Dourados de retirar direitos dos trabalhadores. “Na Educação, professores e administrativos esperam o cumprimento de reajustes salariais desde o mês de abril, data base da categoria”, afirmou a entidade, em nota.

De acordo com o Simted, a prefeitura reduziu o salário dos professores, pagando somente “nível 1” para a suplência e contratações, ou seja, todos ganham apenas como graduados, sem levar em conta especializações.

A suplência destina aulas complementares aos professores efetivos e a contratação possibilita aulas para docentes sem vínculo com a administração.

“Dessa maneira, a prefeita Délia Razuk está ignorando a escolaridade, formação e capacitação de professores que trabalham na Rede Pública Municipal de Ensino. Um retrocesso que preocupa a categoria”, afirma o Simted.

O sindicato afirma que a prefeitura já comunicou às escolas dos distritos que não irá pagar o difícil acesso aos profissionais da educação contratados. “O difícil acesso é uma condição fundamental para que os trabalhadores possam se deslocar para prestar serviços em unidades de ensino localizadas em distritos e localidades afastadas”.

Prefeitura – Através da assessoria de imprensa, a prefeita de Dourados informou que se houver greve não será por falta de negociação e “clareza nas exposições” da administração.

Délia Razuk considera a reivindicação dos educadores “legítima”, mas “inoportuna, diante da realidade econômica do município, que não permite atender, nesse momento, as reivindicações da categoria”.

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