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Interior

Ruas centrais continuam interditadas por árvores caídas durante temporal

Prefeitura diz que já fez pelo menos 200 atendimentos após tempestade que derrubou 100 árvores em Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 02/03/2022 12:06
Rua Melvin Jones, no centro de Dourados, ainda interditada 18 horas após temporal. (Foto: Helio de Freitas)
Rua Melvin Jones, no centro de Dourados, ainda interditada 18 horas após temporal. (Foto: Helio de Freitas)

Ruas centrais e vias localizadas nos bairros continuam interditadas 18 horas após a tempestade que atingiu Dourados (a 233 km de Campo Grande) na tarde de ontem (1º). A prefeitura informou que já fez pelo menos 200 atendimentos após o temporal, mas não há previsão de quando todas as árvores caídas serão removidas.

Os estragos ocorreram em praticamente todos os bairros e na área central. As equipes que trabalham na remoção de galhos e troncos derrubados pelo vento priorizam as vias de maior fluxo, enquanto ruas de menor movimento continuam bloqueadas.

Equipes da Defesa Civil, da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros começaram a trabalhar logo após a chuva de 65 milímetros, acompanhada de vento de 39 quilômetros por hora (segundo o Guia Clima, da Embrapa).

Segundo o coordenador da Defesa Civil, Jamil da Costa Matos, o primeiro balanço aponta pelo menos 100 árvores caídas, das quais 20 foram cortadas ainda na noite de ontem.

“A equipe iniciou a desobstrução na Avenida Weimar Gonçalves Torres, na Marcelino Pires e na Joaquim Teixeira Alves. A Coronel Ponciano também tem parte que está com meia pista interditada, por isso, pedimos atenção dos condutores”, afirmou ele.

Equipe da Defesa Civil corta árvore caída na Avenida Marcelino Pires. (Foto: Divulgação)
Equipe da Defesa Civil corta árvore caída na Avenida Marcelino Pires. (Foto: Divulgação)

O prefeito Alan Guedes (PP) também percorreu os pontos críticos. “Estive ontem com a equipe percorrendo os locais afetados, um deles, o Hospital da Vida, onde houve problema no equipamento que abastece o ar comprimido. Isso foi causado pela oscilação de energia. Imediatamente, a equipe de manutenção corrigiu o problema da peça que queimou. O serviço já está normalizado”, informou.

Segundo a Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados) – que administra o Hospital da Vida e a Unidade de Pronto Atendimento –, o vazamento no teto da enfermaria do hospital já foi consertado.

Alagamentos – Casas foram alagadas e algumas destelhadas na comunidade Santa Felicidade e no Jóquei Clube. Equipes da Defesa Civil foram a esses locais para distribuir lonas às famílias afetadas. “Registramos média de 15 casas alagadas, mas ninguém precisou ser retirado”, disse Jamil Matos.

Equipe emergencial da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos também foi acionada e faz os reparos. “Vamos atender os pontos mais urgentes primeiro. Estão todos trabalhando juntos para minimizar os danos do temporal”, afirmou o secretário Romualdo Diniz Salgado Júnior.

De manhã, a prefeitura já havia paralisado os atendimentos no Centro de Testagem no PAM (Pronto Atendimento Médico) por falta de energia elétrica. Cabos da rede de luz foram arrebentados por árvores derrubadas pelo vento.

A farmácia do PAM, que distribui medicamentos gratuitos a pacientes do SUS, funcionou só até meio-dia, também por falta de energia. “Alguns medicamentos precisam estar resfriados e sem energia, fizemos o remanejamento para evitar perdas. Hoje, seguiremos com horário de atendimento reduzido e amanhã, retomamos o expediente normal”, informou o secretário adjunto de Saúde, Edvan Marcelo Marques.

Sem energia – Em nota encaminhada nesta manhã, a concessionária Energisa informou que o temporal com ventos de até 85 quilômetros por hora (o serviço de meteorologia da Embrapa registrou vento máximo de 39 km/h) e 11 mil raios causou danos diversos à rede de distribuição de energia.

“A empresa aumentou em três vezes o número de equipes e já restabeleceu 90% dos clientes impactados. Os trabalhos seguem, de forma ininterrupta, obedecendo protocolos rígidos de segurança, principalmente nos locais onde os reparos são de maior complexidade”, informa a Energisa.

Árvore arrancada pela raiz no Jardim Rigotti, em Dourados. (Foto: Eliel Oliveira)
Árvore arrancada pela raiz no Jardim Rigotti, em Dourados. (Foto: Eliel Oliveira)


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