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Interior

Sem maioria após prisões, Délia coloca ex-juiz na articulação política

Ex-coordenador de campanha, Celso Schuch dos Santos assume a Secretaria de Governo e vai dialogar com vereadores

Helio de Freitas, de Dourados | 17/12/2018 16:23
Celso Schuch coordenou campanha de Délia em 2016 e agora assume Secretaria de Governo (Foto: A. Frota/Divulgação)
Celso Schuch coordenou campanha de Délia em 2016 e agora assume Secretaria de Governo (Foto: A. Frota/Divulgação)

As mudanças no primeiro escalão para a segunda parte do mandato da prefeita de Dourados Délia Razuk (PR) já começaram. Após perder maioria na Câmara de Vereadores devido à prisão de três vereadores aliados, a mandatária decidiu mexer na equipe para melhorar a articulação política.

Nesta segunda-feira (17), Délia Razuk anunciou do juiz aposentado Celso Antônio Schuch Santos como novo secretário de Governo. Por dez anos, Schuch foi juiz criminal e presidente do Tribunal do Júri da comarca. Ele se aposentou da magistratura em 2016.

O juiz aposentado, que terá a missão de conversar com a Câmara de Vereadores, substitui Patrícia Bulcão, que era assessora direta de Délia Razuk desde quando a prefeita era vereadora e assumiu a Secretaria de Governo após a demissão de Raufi Marques, em março de 2017.

“O comando segue sendo da prefeita Délia Razuk, é ela quem tem o ‘timing’. A nossa participação nesse processo será de incrementar as conversas na área política”, definiu Celso.

Além de Patrícia, foram exonerados hoje os secretários de Saúde Renato Vidigal, de Serviços Urbanos Joaquim Soares, de Obras Tahan Sales Mustafa, de Assistência Social Landmark Ferreira Rios e o diretor-presidente da Fundação de Esportes Janio Amaro. Só Patrícia já foi nomeada para cargo de assessora especial do gabinete, com o mesmo salário de primeiro escalão.

Logo após ser anunciado como secretário, Celso Schuch comentou sobre a reforma administraiva que a prefeita prepara e sobre mudanças na equipe. Todos os secretários e diretores colocaram os cargos à disposição hoje cedo.

“Daqui pra frente são todos interinos, alguns poderão voltar como titulares, outros vão continuar nessa condição, mas pode ter fusão e até extinção de cargos e funções”, afirmou.

Câmara – Celso Schuch vai conversar com uma Câmara diferente a partir de janeiro de 2019. Dos três vereadores presos e afastados dos cargos pela Justiça, só Idenor Machado (PSDB) foi substituído por um aliado da prefeita, Mauricio Lemes Soares (PSB).

Pedro Pepa (DEM) e Pastor Cirilo Ramão (MDB) deram lugar aos suplentes Toninho Cruz (PSB) e Marcelo Mourão (PRP), que no primeiro dia como vereadores ajudaram a eleger a chapa de oposição na eleição da Mesa Diretora da Câmara. O presidente eleito, Alan Guedes (DEM), se declara independente, mas costuma votar com a oposição.

Se os vereadores acusados de corrupção continuarem fora da Câmara – O Tribunal de Justiça concedeu liminar hoje livrando-os da cadeia, mas o afastamento continua – haverá outra mudança em 2109.

O vereador oposicionista Marçal Filho (PSDB) vai assumir cadeira na Assembleia Legislativa. A vaga dele na Câmara ficará com Mauricio Lemes Soares e a vaga de Idenor vai para a terceira suplente, a ex-secretária de Educação Mariniza Mizoguchi, que disputou a eleição em 2016 pelo PSB.

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