Sem notificação sobre liminar do TJ, professores iniciam 2º dia de greve
Educadores fazem assembleia nesta manhã; desembargadora mandou sindicato manter 66% dos professores trabalhando
Professores e servidores administrativos da rede municipal de ensino iniciaram hoje (20) o segundo dia de greve em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Eles cobram reajuste de 7,64% do piso do magistério que deveria ter sido concedido em 2017 e 6,81% de 2018.
Através da assessoria de imprensa, o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) informou ao Campo Grande News que ainda não foi notificado sobre a liminar da desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
Na sexta-feira (17), a pedido da prefeitura, ela determinou que o sindicato mantenha no mínimo 66% dos professores e administrativos da educação em atividade nas escolas municipais de Dourados. Em caso de descumprimento, a desembargadora estipulou multa diária de R$ 50 mil ao sindicato.
Na ação, o município de Dourados pediu que a greve fosse declarada nula e abusiva alegando que a paralisação foi iniciada com as negociações ainda em andamento e que os professores douradenses recebem quase o dobro do valor estabelecido pela lei do piso nacional.
O sindicato ainda não sabe quantos professores já aderiram à greve, mas o Campo Grande News apurou que a maioria das escolas e centros de educação infantil funciona hoje.
Algumas escolas estão com aula em todas as turmas, mas outras dispensaram os alunos de salas cujos professores já aderiram à greve. Nesta manhã, os educadores fazem assembleia na sede do Simted para avaliar o movimento.
O Simted denunciou que o reajuste de 4,13% para o magistério, anunciado pela prefeitura para complementar o índice de reposição do piso, não foi incluído na folha de julho.
Com esse índice, o grupo magistério atingiria o índice de 6,81% previsto no piso municipal do magistério, já que todos os servidores municipais de Dourados tiveram 2,68% de reajuste em maio. A prefeitura continua em silêncio sobre a greve dos professores.