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Interior

Senad faz buscas em casa de advogada de sul-mato-grossense “Barão das Drogas”

Residência de alto padrão localizada em Lambaré era de Laura Casuso, executada em 2018

Por Helio de Freitas, de Dourados | 31/05/2024 09:12
Casa da advogada Laura Casuso, que está alugada e será confiscada (Foto: Divulgação)
Casa da advogada Laura Casuso, que está alugada e será confiscada (Foto: Divulgação)

Agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai fazem buscas nesta sexta-feira (31) em casa de alto padrão localizada na cidade de Lambaré, na região metropolitana da capital Asunción.

O imóvel faz parte do espólio da advogada Laura María Casuso, executada por pistoleiros em novembro de 2018 em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS). Entre os clientes famosos da advogada estava o narcotraficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão, o “Barão das Drogas”.

De acordo com a Senad, as buscas desta sexta-feira, coordenadas pelo promotor Osmar Segovia, fazem parte da Operação Pavo Real, deflagrada pela primeira vez em julho de 2019 para desmontar a rede de lavagem de dinheiro montada por Jarvis Pavão.

No âmbito dessa operação, a Senad e outros órgãos federais do Paraguai intensificaram as ações para confiscar fazendas, imóveis urbanos, veículos, rebanhos bovinos e empresas que formam o patrimônio de Jarvis em território paraguaio.

Conforme o promotor Osmar Segovia, a casa faz parte do espólio de Laura Casuso. Além de advogada, ela era apontada como sócia de Jarvis Pavão. A residência está alugada para família sem envolvimento com o crime.

Os atuais moradores terão um tempo para desocupar o imóvel, que será confiscado e entregue ao controle da Senabico (Secretaria Nacional de Administração de Bens Apreendidos e Perdidos), órgão do governo responsável pela administração de patrimônios tomados do crime organizado.

Banho de sangue – Laura Casuso foi assassinada em período sangrento da linha internacional entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã. A execução dela foi mais uma colocada na conta do traficante Sérgio Arruda Quintiliano Neto, o “Minotauro”.

Segundo policiais paraguaios e brasileiros, após a morte de Jorge Rafaat Toumani, em junho de 2016, “Minotauro” tentou se estabelecer como novo “patrão” do crime na fronteira. Para se impor através da força, promoveu banho de sangue com dezenas de assassinatos. Ele foi preso em fevereiro de 2019 em Balneário Comburiu (SC) e atualmente cumpre pena no Brasil.

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