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Interior

Vereadores negam irregularidades e alegam ser impossível ficar rico com diárias

Mariana Rodrigues | 16/10/2015 15:20
Os vereadores de Ladário negaram que tenham recebido diárias indevidamente. (Foto: Ascom PML)
Os vereadores de Ladário negaram que tenham recebido diárias indevidamente. (Foto: Ascom PML)

Após o MPE (Ministério Público Estadual) ter pedido o bloqueio dos bens dos vereadores por receber diárias indevidamente, os parlamentares de Ladário - distante de Campo Grande, negaram qualquer irregularidades quanto ao recebimento dos valores. Um dos vereadores afirma ainda que não ficou rico e nem possui patrimônio, conforme conta no Inquérito Civil.

Segundo informou o site Diário Corumbaense, em contato com o vereador Osvalmir Nunes da Silva, o Baguá, o mesmo garantiu que o pagamento de diárias é legal e se refere a gastos com viagens a serviço com o intuito de buscar recursos para o município junto aos deputados e a órgãos do governo. "Todas as diárias que recebi se referem a viagens a serviço”, garantiu. Baguá também questionou a acusação de enriquecimento ilícito. “No meu caso, o Ministério Público citou o recebimento de diárias no valor de R$ 47 mil reais em três anos, como é que eu sou rico se nem patrimônio tenho?” questionou.

Já o vereador Paulo Henrique Chaves disse à reportagem que não foi citado oficialmente e que suas viagens foram a serviço da Câmara e vai apresentar relatórios e documentos que comprovem a sua inocência. De acordo com o MPE, o parlamentar teria recebido em diárias pouco mais de R$ 67 mil.

O vereador Iranil de Lima Soares, que também está entre os citados pelo MPE, é o que possui o maior valor de diárias, mais de R$ 85 mil, entre o período de 2011 a 2013. De acordo com o Diário Corumbaense, ele afirmou que vai apresentar toda a documentação referente às viagens que fez como parlamentar. “O problema é que nós já fomos julgados por parte da mídia e da população sem que fôssemos sequer notificados sobre essa ação. Mas vamos apresentar a defesa e esclarecer tudo”, afirmou.

O ex-vereador Munir Sadeq Ramunieh, que teria recebido quase R$ 35 mil em diárias, negou o recebimento de qualquer notificação pelo MPE, ou pela própria Câmara Municipal. "adianto que todas as viagens que fiz foram para buscar recursos para o município, tenho todos os relatórios e documentos que comprovam isso. Inclusive, por várias vezes, viajei com recursos próprios", diz.

Questionado sobre o recebimento de diárias durante o período de recesso, ele argumenta que o recesso na Câmara é apenas uma questão formal. “O vereador não tem recesso, ele continua trabalhando”, frisou. O ex-vereador ainda disse que na próxima semana, vai depositar em juízo o valor questionado pelo Ministério Público. “Vou apresentar a minha defesa e comprovar que não houve nenhuma irregularidade”, concluiu.

O ex-vereador Helder Botelho, que teria recebido quase R$ 36 mil em diárias, disse por meio de nota, que em nenhum momento o Ministério Público lhe deu oportunidade de sanar todas e quaisquer dúvidas a respeito de utilização de diárias nos anos que corresponderam ao mandato eletivo por ele exercido. Ele afirma que as acusações "não procedem. Possuem caráter meramente político, são de índole duvidosa, maníaca e sem veracidade plausível, não havendo autoria e materialidade das acusações penais por mim supostamente praticados".

"Afirmo que não fiquei rico com as diárias e nem possuo lastro patrimonial. E enfatizo que ninguém nesse País fica rico com os supostos R$ 35.940,00 que originam a Ação Civil Pública oferecida pelo MP, acusando de enriquecimento Ilícito", completou o ex-vereador.

Em contato com o vereador Mauro Botelho, presidente da Câmara no período de 2011 a 2012, o mesmo informou ao Campo Grande News que não tem ciência das acusações. “Ainda não fui citado ou intimado, só irei falar do assunto quando tiver conhecimento do mesmo”, garantiu.

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