ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, TERÇA  05    CAMPO GRANDE 26º

Cidades

Justiça Federal espera comunicado do STF para prisão de João Amorim

Para ministro do Supremo, aplicação da lei se daria de forma mais efetiva com a prisão do empresário

Aline dos Santos | 07/03/2018 12:24
João Amorim (em primeiro plano) tem histórico de várias prisões desde 2015. (Foto: Marcos Ermínio)
João Amorim (em primeiro plano) tem histórico de várias prisões desde 2015. (Foto: Marcos Ermínio)

A Justiça Federal de Campo Grande aguarda comunicado do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a decisão que negou habeas corpus ao empresário João Amorim, dono da Proteco Construções e alvo a operação Lama Asfáltica. Após receber o documento, a 3ª Vara da Justiça Federal deve expedir o novo mandado de prisão.

Com histórico de várias prisões desde 2015, quando a PF (Polícia Federal) realizou a primeira fase da operação, a decisão do Supremo é relativa à fase Fazendas de Lama, que prendeu Amorim no dia 10 de maio de 2016.

A liberdade veio no dia 24 de junho daquele ano, quando o ministro Marco Aurélio, do STF, considerou que não havia elemento concreto para justificar a prisão e concedeu liminar em pedido de habeas corpus.

Conforme a assessoria de imprensa do STF, o habeas corpus começou a ser julgado no dia 26 de setembro de 2017, quando o relator, ministro Marco Aurélio, votou para tornar definitiva a medida liminar concedida por ele.

Contudo, o julgamento foi retomado na sessão de ontem (dia 6), com o voto-vista do ministro Alexandre de Moraes. Ele divergiu do relator e votou pela denegação da ordem, por entender que o decreto de prisão foi devidamente fundamentado.

“Parece-me comprovada a existência de uma organização criminosa que tem muitos tentáculos no município e no Estado”, observou, assinalando que a instrução processual penal, a continuidade da investigação e do processo, bem como a aplicação da lei, se dariam de forma mais efetiva com a prisão de João Amorim.

O voto do ministro Alexandre de Moraes, com a consequente cassação da liminar anteriormente deferida pelo relator, foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Luix Fux e Rosa Weber, todos da a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de João Amorim.

A maior - A Lama Asfáltica é maior operação contra corrupção no Estado. A ação contabiliza cinco fases, investiga desvio de R$ 300 milhões, conta com delação premiada, bloqueio de bens, e resultou, no último dia 14 de novembro, na prisão preventiva do ex-governador André Puccinelli (MDB). Ele foi solto no dia seguinte, feriado da Proclamação da República, pelo TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região).

Nascida em 2013 para investigar desvio de recursos na pavimentação de rodovias, a operação só saiu às ruas pela primeira vez em 9 de julho de 2015. Depois de estradas, a investigação se espalhou por compra de livros e troca de incentivos ficais por propina.

Nos siga no Google Notícias