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Cidades

Líder do PCC em MS está prester a ir para o semiaberto

Redação | 16/04/2010 16:56

Está prestes a ir para o regime semiaberto o detento apontado como um dos homens-fortes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mato Grosso do Sul, José Claudio Arantes, conhecido como "Tio Arantes".

Ele foi um dos líderes da rebelião ocorrida em 2006, quando quatro presídios do Estado foram destruídos e um detento foi morto e teve a cabeça cortada e exibida pelos amotinados.

A rebelião, que durou 25 horas, ocorreu simultaneamente aos ataques promovidos naquele ano pelo PCC em São Paulo, quando policiais foram mortos, unidades da polícia atacadas e 50 presídios tiveram motins.

O detento esteve, também, entre os 12 acusados da morte do advogado William Maksoud, que teria sido obra da facção criminosa, mas não chegou a ir a julgamento. O "currículo" de Tio Arantes inclui, ainda, uma suposta ligação com o traficante Luiz Fernando Correa da Costa, o Fernadinho Beira-Mar.

Preso por tráfico, ele cumpre pena em Campo Grande, no penitenciária de Segurança Máxima e já alcançou a condição de progredir de regime, do fechado para o semi-aberto.

José Cláudio Arantes sempre foi considerado um preso bastante perigoso, principalmente pelo papel de liderança entre os detentos. Ele já fez uma espécie de peregrinação, chegando a ser transferido para a penitenciária federal de segurança máxima de Catanduvas, após o motim de 2006.

Equívoco - Arantes só não está ainda em um presídio semiaberto porque foi descoberto um mandado de prisão contra ele em São Paulo que, segundo o advogado dele, Luiz Gustavo Bataglin, foi emitido por engano. Bataglin, que também representa Beira-Mar, afirma que o mandado se refere a uma pena já cumprida por seu cliente.

No dia 31 de março, o juiz da 1ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, Francisco Gerardo de Souza, determinou que fossem checadas por telefone em São Paulo, as informações sobre esse mandado de prisão, alegando que por esse motivo Arantes ainda não seria mandado para o semiaberto. O advogado de Arantes, que está na capital paulista, disse hoje que verificou e confimou que o mandado não procede.

Bataglin acredita que na semana que vem a situação seja resolvida e o cliente consiga a progressão de regime. Ainda não está definido para que estabelecimento penal José Cláudio Arantes irá. Ele pode i r para a Colônia Penal Agrícola em Campo Grande, os presos tem autorização para trabalhar, ou para Dois Irmãos Buriti, que está sendo usado para presos do semiaberto, mas os detentos não estão saindo para trabalhar.

José Cláudio Arantes sempre foi considerado um preso bastante perigoso, principalmente pelo papel de liderança entre os detentos. Ele já fez uma espécie de peregrinação, chegando a ser transferido para a penitenciária federal de segurança máxima de Catanduvas, após o motim de 2006.

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