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Cidades

Ministro diz que MS está entre estados que receberão venezuelanos

Governo federal tem planos de redistribui-los pelo país em março, mas Governo de MS ainda não foi informado

Kleber Clajus | 09/02/2018 18:00
O ministro da Defesa Raul Jungmann revelou, em Boa Vista, possibilidade de envio de migrantes para Mato Grosso do Sul (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O ministro da Defesa Raul Jungmann revelou, em Boa Vista, possibilidade de envio de migrantes para Mato Grosso do Sul (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mato Grosso do Sul não foi notificado sobre projeto do governo federal de distribuir, a partir de março, venezuelanos que chegam ao país por Roraima. A possibilidade acabou revelada, na quinta-feira (8), pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, ao jornal O Estado de S. Paulo.

A Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho) disse que "não recebeu nenhum tipo de notificação sobre o envio de imigrantes venezuelanos de Roraima". Casos são monitorados pelo Cerma (Comitê Estadual para Refugiados, Migrantes e Apátridas), responsável pelo acolhimento e suporte hoje de 2,5 mil pessoas.

Para a titular da pasta, Elisa Cleia Nobre, a presença de venezuelanos tem sido pontual em relação aos sírios e haitianos que chegam no Estado. Os atendimentos oferecidos pela Sedhast, nestes casos, buscam auxiliar na adaptação a comunidade e até mesmo com o idioma através de convênio com a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). 

Mudança - Ao menos mil venezuelanos devem ser redistribuídos também aos estados de São Paulo, Paraná e Amazonas. Comitiva, ontem, avaliou a situação dramática da capital roraimense, Boa Vista, que possui acampamentos pelas ruas da cidade de pessoas que deixam o país governado por Nicolás Maduro em busca de melhores condições de vida.

Censo será realizado, no prazo de 90 dias, para identificar quem entra ou sai do Brasil e seu interesse de permanência. Isso porque ao menos 40 mil venezuelanos já estão vivendo em Boa Vista e outros 700 cruzam a fronteira diariamente.

"Temos de socializar esse problema com o resto do País", afirmou Jungmann. "É um drama humanitário. Estas pessoas estão sendo expulsas de sua casa, de seu país pela ausência total de condições de ali permanecerem".

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