No velório de arquiteta morta há uma semana, indignação
Uma semana após ter sido assassinada, o corpo da arquiteta de Eliane Nogueira, de 39 anos, é velado no Parque das Primaveras. Após o choque inicial, familiares e amigos agora esperam punição ao responsável e mostram indignação com o comportamento do empresário Luiz Afonso Santos de Andrade, de 42 anos.
Casado há mais de dois anos com Eliane, ele é o único suspeito do crime e, embora a cada dia surjam novas evidências que o relacionam ao crime, nega categoricamente que o tenha cometido.
O empresário Vladimir Nogueira, 35 anos, irmão da arquiteta Eliane Nogueira, que tem tomado decisões pela família desde o assassinato, há uma semana, conta que se sentiu aliviado quando surgiram as imagens captadas por câmeras de uma conveniência que mostraram o empresário Luiz Afonso Santos de Andrade, de 42 anos, com o carro da arquiteta, após o horário que ele afirmou ter deixado ela em casa. Depois as imagens mostram ele retornando à pé.
O estabelecimento fica próximo ao local em que o carro foi incendiado, com a arquiteta dentro. Há indícios de que ela foi esganada, mas ainda estava viva quando foi ateado fogo em seu corpo. Na conveniência, segundo funcionário, Luiz Afonso pediu álcool, mas não havia no local, depois comprou fósforos, cigarro e chicletes. Como ele não fumava, a suspeita é que tenha usado o cigarro para iniciar o incêndio.
Após assistir às imagens, Vladirmir conta que os sentimentos se misturaram. Por um lado o conforto de ter prova tão importante contra o principal suspeito, de outro, conta "fico pensando como foi".
Vladimir resume o que a família está passando como "um pesadelo daqueles que você quer acordar". Em relação ao convívio do casal, disse que sabia que as brigas eram frequentes e que Eliane tinha medo. Ele diz que chegou a temer pela vida da irmã, mas não imaginava que pudesse ocorrer o que aconteceu. "Teria feito alguma coisa", diz Vladimir.
Apesar das brigas do casal, a família via Luiz Afonso como "uma pessoa bacana". Depois de ver entrevistas em que Luiz Afonso nega ter cometido o crime, o irmão da vítima indignou-se: "