O que te faz gritar que é "Do Sul", de coração ou de nascimento?
Tereré, natureza, oportunidade: o orgulho de quem nasceu no estado ou escolheu essas terras para viver
Mato Grosso do Sul chega aos 40 anos com cerca de 2,6 milhões de habitantes e colecionando elogios de quem vive em suas terras. A natureza, a comida - com influências mil que a tornaram típica -, o acolhimento do povo e até sua extensão territorial são motivo de orgulho de quem nasceu ou adotou o estado para morar e não cansa de explicar, quando precisa, que é "Do Sul", quando alguém chama o estado pelo nome do vizinho dividido em 1977.
Com área de 357,1 mil quilômetros quadrados, Mato Grosso do Sul é terra de oportunidades para o construtor aposentado que tem fé até no nome. Aos 80 anos, Afé Dias de Freitas acha que o estado, com todo seu tamanho, tem espaço de sobra para as pessoas prosperarem.
“Aqui dá para expandir, investir, para acreditar no sonho e ser feliz”, acredita Afé, natural de Ribas do Rio Pardo, um dos municípios onde a pecuária se desenvolveu em MS. A esposa, Benedita de Paula Freitas, 86, é só sorrisos ao enumerar as razões pelas quais “ama de paixão” o Mato Grosso do Sul.
“Aqui é meu lugar, onde construí minha vidinha. Nunca fiquei doente. Meu segredo para essa felicidade? É tomar muito tereré”, diz, convicta, com uma simpatia contagiante, a também nascida em Ribas do Rio Pardo.
A neta, de 9 anos, pode até ter menos experiência de vida, mas fala com propriedade sobre seu orgulho por essas terras. “Adoro os parques do estado e todos os bichos que consigo ver neles. Aqui é maravilhoso, tenho muitos amigos”, diz.
Quem faz questão de gritar “Do Sul” e também enaltece as maravilhas do estado é Cerlei dos Santos, 26 anos, que trabalha em um mercado no município de Jardim.
“Nosso Pantanal é lindo, a natureza é exuberante. Temos muita abundância. Cresci em fazenda e conheço muito de nossa rica fauna”, descreve.
De coração - Vindo de Araçatuba (SP) em 1947, quando Mato Grosso era uno, José Cândido de Souza Filho, 72, morou em diversos municípios e hoje sente honra em ter constituído família “sul-matogrossense”.
“Adotei o estado no coração. Por essas andanças pelas cidades, percebi como tem muita oportunidade aqui. Agradeço a Deus”, afirma o aposentado, que atualmente reside em Dourados.
Outra história cheia de emoção e "paixão" pelo Mato Grosso do Sul é a de Eurico Marcos Rodrigues de Oliveira, 49, natural de Cascavel (PR).
"Cheguei em 96. Não sabia nem andar de ônibus. Tive que reaprender sobre a vida aqui. Foi um grande aprendizado e, hoje, aqui está minha família, meu povo, parece que era meu destino viver aqui", relata.