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Cidades

Para não ser transferido a Campo Grande, Cabral pede desculpas a juiz

Douglas Corrêa, da Agência Brasil | 27/10/2017 19:12
Cabral está preso desde novembro do ano passado (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo)
Cabral está preso desde novembro do ano passado (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo)

Os advogados de defesa do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, enviaram nesta sexta-feira (27) um pedido de desculpas ao juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, para que o magistrado reconsidere a decisão de transferência de seu cliente para o Presídio Federal em Campo Grande, como determinado pelo Ministério da Justiça.

A transferência foi motivada por Cabral ter citado, em depoimento prestado na semana passada, que a família do magistrado trabalha com bijuterias, justificando seu próprio depoimento de que "não se lava dinheiro com compra de joias".

A defesa justificou o pedido de reconsideração alegando "que, no momento do depoimento, não se tratava de um político, um ex-governador, mas de um homem que, na condição de réu, teve uma descarga emocional materializada em reação absolutamente humana. Despropositada, mas humana".

A defesa disse ainda que outras considerações feitas por Cabral, como a de que Bretas tentar se promover por meio das condenações impostas ao réu, foram "bem infelizes" e que teriam sido potencializadas pelo fato de o acusado já estar condenado a mais de 70 anos de reclusão.

O pedido é assinado pelos advogados Rodrigo Roca e Luciano Saldanha, que argumentam que "a transferência de Cabral causará dificuldades para a defesa técnica, uma vez que há 15 processos na 7ª Vara Federal Criminal, sendo que 13 em fase de instrução e sentença".

A defesa do ex-governador também tentou evitar a transferência com um habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas viram o pedido ser negado nesta sexta-feira (27). Na penitenciária de Campo Grande, escolhida por ter poucos membros de facções criminosas cariocas, Cabral deve ficar na mesma ala onde estão os oito condenados por terrorismo em 2016 e o ex-senador rondoniense Mário Calixto.

*modificada para acréscimo de informações, no último parágrafo, com relação ao material original

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