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Cidades

Preso em Belém, Ronan espera compra de passagens para voltar à Capital

Condenado desde maio, o assessor especial está em regime fechada

Mayara Bueno | 21/06/2017 10:44

Condenado com o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Antunes Olarte, Ronan Edson Feitosa de Lima aguarda a compra de passagens para agentes penitenciários fazerem sua transferência para a Capital. Julgamento de 24 de maio de 2017 condenou Ronan no golpe do cheque em branco a quatro anos e seis meses no regimento semiaberto.

Na ação, ofício do delegado da Polinter (Delegacia Especializada de Polinter e Capturas), Luis Tomaz de Paula Ribeiro, determina as providências necessárias para a transferência de Feitosa, hoje preso no regime fechado no Coqueiro Centro de Recuperação, em Belém do Pará, para Campo Grande. Em maio, foi pedido à Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) o pagamento de diárias para os policiais e compra de passagens aéreas para efetivar a mudança.

A previsão era para que a transferência ocorresse entre 29 e 31 de maio. O irmão de Ronan, Paulo Cesar Feitosa, procurou a reportagem e relatou a situação.

Antes disto, a defesa pediu à Justiça salvo-conduto de ao menos cinco dias para que ele percorra a distância superior a 2.500 quilômetros entra as cidades. Segundo a defesa, a unidade tem alto índice de rebeliões e o custodiado corre risco de morte.

Ainda não há resposta sobre o salvo-conduto, nem a compra das passagens.

Caso - Um dos investigados na operação Adna, realizada em 2014 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), Ronan foi preso em 20 de setembro de 2016 pela PM (Polícia Militar) em Tracuateua, cidade do Pará localizada a 2.822 km de Campo Grande. O motivo da prisão foi foi porque a Justiça de MS não conseguia localizar Ronan, então réu por lavagem de dinheiro.

No último dia 24 de maio, ele foi condenado pelo TJ/MS. Já o ex-prefeito foi condenado a oito anos e quatro meses de prisão em regime fechado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Olarte, que é monitorado por tornozeleira eletrônica, aguarda recurso em liberdade.

O nome Adna é alusivo à congregação fundada por Olarte: Assembleia de Deus Nova Aliança. Folhas de cheque “emprestadas” de fiéis da igreja foram trocadas por dinheiro com agiotas.

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