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Capital

Defesa de Olarte entrará com recurso após publicação da sentença

De acordo com Renê Siufi, há tempo suficiente para recorrer em favor do ex-prefeito

Lucas Junot | 25/05/2017 17:35
Olarte foi alvo da Operação Adna, pelo chamado golpe do cheque em branco (Foto: Arquivo)
Olarte foi alvo da Operação Adna, pelo chamado golpe do cheque em branco (Foto: Arquivo)

O advogado do ex-prefeito Gilmar Olarte (PROS) - condenado ontem (24) a oito anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro – Renê Siufi, ainda aguarda publicação do acórdão com a decisão do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para recorrer em favor de seu cliente.

Em entrevista ao Campo Grande News nesta quinta-feira (25), Siufi disse que ainda não tomou conhecimento dos detalhes da decisão, mas que Olarte não será preso enquanto a sentença não for publicada, o que lhe garantirá tempo suficiente para recorrer.

Olarte é acusado de pegar folhas de cheque “emprestadas” de fiéis da igreja Assembleia de Deus, antiga Nova Aliança e trocar por dinheiro com agiotas. Os recursos, que chegaram a somar prejuízo de R$ 800 mil para as vítimas, foram arrecadados para quitar dívida da campanha eleitoral de 2012, quando o pastor evangélico, fundador da Adna em Campo Grande, candidatou a vice-prefeito na chapa de Alcides Bernal (PP).

“Vou ver o teor do julgamento e então decidir sobre o recurso, se entro aqui [TJMS] ou no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Sobre prisão não tem nada, depende de publicar [o acórdão], então vou ver ainda o que fazer”, explicou o advogado.

Os seis desembargadores presentes no julgamento seguiram o parecer do relator, desembargador Luis Claudio Bonassini, pela condenação de Olarte por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Somando os dois crimes, chegou-se a oito anos e quatro meses de prisão, além multa a ser estipulada.

No entanto, a detenção não será imediata, já que o acórdão (conteúdo da decisão) precisa ser publicado no Diário Oficial da Justiça – não há prazo para tal. A partir de então, serão expedidas as ordens de prisão, confirmou o TJ.

Durante a sessão, Bonassini leu o relatório, cujo conteúdo afirma que não prosperou a tese de Olarte, de que ele desconhecia a conduta de Ronan Edson Feitosa de Lima, que exerceu a função de assessor especial, também réu e preso pela operação Adna. Luiz Márcio dos Santos Feliciano, que teria ajudado o pastor nas negociações com as vítimas, também foi condenado.

Para o relator, o ex-prefeito também não provou que houve conspiração contra ele, como argumentou. Ao contrário, os fatos apontados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) foram comprovados.

Ronan Feitosa, que está preso há sete meses, foi condenado a pena de quatro anos e seis meses. Mas, como já se encontra em detenção, cumprirá em regime semiaberto. Luís Márcio, terceiro réu na ação, recebeu pena de um ano de reclusão e multa. Mas, devido a necessidade de tratamento, atestado pro laudo psiquiátrico, foi transformado em obrigação de tratamento ambulatorial por dois anos.

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