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Cidades

Presos 5 índios que lideraram invasão ao prédio da Funai

Redação | 12/01/2010 15:27

A Polícia Federal de Dourados, a 230 quilômetros da Capital, cumpriu nesta manhã mandado de prisão contra cinco índios apontados como líderes do movimento que resultou na invasão do prédio da Funai (Fundação Nacional do Índio), no dia 17 de dezembro do ano passado.

O mandado foi expedido pelo juiz Moisés Anderson Costa Rodrigues da Silva, da 2ª Vara da Justiça Federal de Dourados.

De acordo com a PF, após a invasão ocorrida em dezembro foi aberto inquérito para apurar as responsabilidades pelo movimento.

As investigações conduzidas pelo delegado Alexander Taketoni indicaram como líderes da invasão Araudo Veron, Silvio Iturve, Isael Reginaldo Alves, Chatalin Graito Benitez e Dirce Veron, irmã de Araudo.

O mandado de prisão foi cumprido nesta manhã, quando eles estavam acampados com outros vinte indígenas em frente ao prédio da Funai. Eles não apresentaram resistência à prisão temporária de cinco dias.

Os homens foram encaminhados para o presídio Harry Amorim Costa, em Dourados, e Dirce levada para o presídio feminino de Rio Brilhante. Eles foram indiciados por cárcere privado e formação de quadrilha, e serão ouvidos pela Polícia.

Após cinco dias, a prisão temporária poderá ser prorrogada por decisão judicial, transformada em preventiva se a Polícia julgar necessário, ou os índios liberados.

Os demais indígenas permanecem acampados em frente ao prédio da Funai, em Dourados. Por meses eles pediram a exoneração da administradora Margarida Nicoletti, cuja decisão do afastamento foi divulgada ontem (11) em Diário Oficial.

Contudo, os índios não deixaram a frente do prédio porque não aceitaram a nomeação da antropóloga Maria de Fátima Rosa Vilarinho, e querem que o cargo seja ocupado por Arlete Pereira, esposa do vereador Dirceu Longhi de Dourados.

Durante a invasão do dia 17 de dezembro, os indígenas fizeram treze pessoas reféns dentro do prédio e deixaram o local apenas depois que fax da presidência da Fundação comunicou a exoneração da administradora Margarida Nicoletti.

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