Sem acordo greve dos funcionários dos correios vai para dissídio na terça-feira
A proposta feita em audiência na tarde de hoje foi rejeitada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares
Em audiência nesta terça-feira (7) no TST (Tribunal Superior do Trabalho), o ministro João Oreste Dalazen apresentou uma nova proposta aos Correios e à representação sindical – reajuste de 6,87% retroativo a agosto, abono imediato de R$ 800, e aumento linear de R$ 60 a partir de janeiro de 2012, além da revolução dos dias já descontados, a serem pagos em 12 parcelas a partir de janeiro de 2012, e compensação dos demais dias.
A proposta foi aceita pelos Correios, mas rejeitada pela Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares). Com esse resultado, o presidente do TST decidiu levar a julgamento o dissídio da greve em sessão extraordinária na próxima terça-feira (11), às 16 horas.
No fim da audiência, o ministro assinalou que as partes podem fazer acordo a qualquer momento e comunicar o fato ao TST, pedindo a desistência do dissídio e a homologação do acordo.
Por meio de nota a direção dos Correios informou que continua aberta ao diálogo com os trabalhadores para fechamento do acordo coletivo de trabalho antes do julgamento do dissídio e trabalha para minimizar os transtornos para a população.
Reivindicação - A categoria reivindica 7,16% de reajuste salarial, referente à inflação, reajuste dos vales refeição, alimentação e aumento real de R$ 200. Eles também querem, que o piso salarial, que hoje é de R$ 807, passe para R$ 1.635.
Ontem (7) o TST determinou que a Federação dos Trabalhadores mantenha em cada unidade operacional dos Correios, no mínimo, 40% dos empregados, “para atendimento dos serviços inadiáveis da comunidade”.