STJ nega liberdade a André Puccinelli Júnior, preso com pai há 94 dias
Filho do ex-governador André Puccinelli foi preso com o pai no dia 20 de julho junto com o ex-governador André Puccinelli em mais um desdobramento da Operação Lama Asfáltica
Ao contrário do que decidiu por João Paulo Calves, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou liberdade para André Puccinelli Júnior. Os dois foram presos no dia 20 de julho junto com o ex-governador André Puccinelli em mais um desdobramento da Operação Lama Asfáltica.
De lá para cá, as defesas de Calves e da família Puccinelli tentaram libertar os clientes recorrendo a vários tribunais, mas não tiveram sucesso.
Na noite desta terça-feira (23), a 6ª Turma do STJ concedeu liminar para soltar o advogado, apontado pela força-tarefa como laranja de Júnior no Instituto Ícone, este classificado como “poupança de propinas” também pela investigação.
Já no fim da manhã desta quarta-feira (24), a turma decidiu manter o filho de Puccinelli na prisão. A decisão entrou às 12h18 no andamento processual, mas o conteúdo ainda não está disponível.
O pai e a Lama Asfáltica – Puccinelli já teve habeas corpus negado três vezes pelo STJ. A última decisão é da ministra Laurita Vaz, da 6ª Turma.
Em caso de nova recusa, o ex-governador ainda poderá apelar ao STF (Supremo Tribunal Federal), onde seus advogados desistiram de pedido liminar depois da designação do ministro Alexandre de Moraes como relator de ações originadas na Lama Asfáltica –ele já havia recusado habeas corpus ao ex-secretário Edson Giroto e outros denunciados na Fazendas de Lama, terceira fase da operação.
O novo recurso foi apresentado depois de Puccinelli ver o TRF-3 (Tribunal Regional Eleitoral da 3ª Região) também rejeitar, por maioria, outro pedido de liberdade.
Puccinelli foi preso por determinação da 3ª Vara Federal de Campo Grande, a pedido do Ministério Público Federal, a partir do apontamento de que havia novas provas e fatos identificados na Papiros de Lama. A quinta fase da Lama Asfáltica investiga o uso do Instituto Ícone para recebimento de propinas destinadas ao ex-governador.
Registrada em nome de João Paulo Calves, a empresa pertenceria de fato a André Puccinelli Júnior, também advogado.
Além dessa suspeita, a descoberta de uma quitinete no bairro Indubrasil onde haveria provas de irregularidades contra Puccinelli subsidiaram o novo pedido de prisão.
O ex-governador está com o filho na cela 17 do Centro de Triagem Anízio Lima há 94 dias. Já Calves ocupa cela do Presídio Militar, também no Complexo Penal de Campo Grande, e deve ser solto a qualquer momento.