Sumiço de professor índio completa 100 dias sem resposta
O desaparecimento do professor indígena guarani Rolindo Vera, da aldeia Pirajuí, em Paranhos, município que fica a 472 quilômetros de Campo Grande, ocorrido no dia 31 de outubro do ano passado, completou cem dias sem respostas.
Amigo do indígena, o professor universitário Francisco Vanderlei Ferreira da Costa, de 35 anos, conta que a família está desolada e não se conforma com o descaso em relação ao desaparecimento dele.
"A gente não está vendo nenhum movimento que ajude a encontrar", reclama. Francisco era professor de Rolindo em um curso de magistério oferecido pelo Governo Federal nas aldeias. Além de aluno, o indígena era professor na região.
Para o amigo, os trabalhos na tentativa de localizá-lo refletem uma situação recorrente no Estado que é a postura de tratar os indígenas como "cidadãos de segunda classe".
"Esse assunto precisa ser discutido com a sociedade civil organizada", diz. Ele conta que apesar de não ter notícias do professor, a família reza por ele todos os dias na esperança de que o encontrem com vida.
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