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Boa Imagem

Falar difícil não é sinônimo de sabedoria

Comunicação não é o que se fala e sim, o que o outro entende

Larissa Almeida (*) | 02/08/2022 08:10

Dia desses vi um post interessante, contrário a utilização de termos em inglês ou palavras que não são de amplo conhecimento público, principalmente no ambiente profissional, tendo em vista que isso pode excluir muita gente da comunicação. Compartilho com vocês:

“Não é call, é ligação

Não é job, é trabalho

Não é deadline, é prazo

Não é budget, é orçamento

Não é meeting, é reunião

Não é Briefing, é roteiro

Não é mindset, é mentalidade”.

O jornalista Heródoto Barbeiro dizia que a comunicação não se dá pela boca, e sim pela orelha. Não é de hoje que a comunicação, ou a falta dela, está entre os principais problemas de relacionamento enfrentados dentro das empresas. É preciso, sim, se fazer entender. Por isso, de nada adianta falar frases de efeito, usar termos técnicos ou palavras de outro idioma, se o interlocutor não entende o que está sendo dito.

Muitos de nós, brasileiros, temos a triste percepção de que o que vem de fora é melhor e mais sofisticado. Então acreditam que incluir palavras de outro idioma, como “coiffeur” ao invés de cabeleireiro (coiffeur é cabeleireiro em francês), falar call ao invés de ligação, os tornam automaticamente mais sofisticados.

Lembrei-me do meu pai, que por mais de 20 anos foi proprietário de uma videolocadora que se chamava High Video´s. Tenho tantas lembranças boas, mas também me recordo da confusão que muitos clientes faziam na hora de pronunciar o nome da empresa.

Muita gente acredita que passa uma imagem mais inteligente ou de mais credibilidade quando fala difícil. Pode até ser, mas não acredito que alguém seja mais ou menos inteligente por ter o vocabulário rebuscado. O fato é que quem fala difícil não conseguirá ser compreendido pela maioria das pessoas e conseguirá se relacionar melhor e expressar suas ideias com mais facilidade.

Na verdade, li dia desses que quanto mais você domina um assunto, mais conseguirá explica-lo de maneira resumida e simplificada. É preciso sempre se lembrar de que, o que é obvio para você não é obvio para todo mundo. É até uma questão de empatia.

(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS. Trabalhou durante 14 anos na área de comunicação e imagem em importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul. Consultora de imagem formada pelo RML Academy e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Especialista em Dress Code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial. Siga-me no Instagram @vistavoce_.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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