O uso das "palavras mágicas" na comunicação
A objetividade muitas vezes pode ser encarada como grosseria e pode criar atritos
Quando crianças, uma das primeiras lições que aprendemos se referem ao uso das palavras mágicas: com licença, obrigado, por favor, desculpe, além de bom dia, boa tarde e boa noite. Parece óbvio que essas palavrinhas devam ser utilizadas em toda e qualquer comunicação mas, infelizmente, no mundo agilizado e digitalizado no qual vivemos hoje, não é.
Vigora nas conversas extremamente informais, principalmente no WhatsApp, o tal “direto ao assunto”. Entendo que o objetivo muitas vezes é economizar tempo e texto, e tentar deixar a conversa mais fluida. Mas a maioria das pessoas nota a falta dos cumprimentos antes do início de uma conversa, porque fica no ar uma objetividade grosseira. Um “Olá, boa tarde, fulano, tudo bem” demonstra, antes de tudo, educação. Tenho certeza de que você, que está lendo este texto, já ficou incomodado quando fez um favor a alguém e não escutou um simples “obrigado” em retorno, ou quando alguém lhe fez um pedido sem incorporar um “por favor” na frase.
Há algumas décadas, quando tudo era analógico, as relações eram mais verticalizadas e a formalidade excessiva não dava muito espaço para a espontaneidade. A revolução digital mudou a maneira como nos relacionamos e como nos comunicamos, estamos mais conectados, e isso é um ponto extremamente positivo. Mas alguns valores são inegociáveis em qualquer época, independente dos avanços que estamos vivenciando.
Não se trata de cerimônia, ou de formalidade, mas sim de gentileza, respeito, e de fertilizar os relacionamentos. O bom senso e o equilíbrio são importantíssimos e, neste sentido, as palavras mágicas fazem total diferença em um diálogo. Se nas relações pessoais elas evitam uma “DR” (discutir o relacionamento), nas relações de trabalho elas abrem portas e valorizam a imagem do profissional.
Não se esqueça, tanto nas conversas presenciais quanto virtuais, cumprimente adequadamente as pessoas e fale com licença, obrigado, por favor e desculpe sempre que houver necessidade. Essas palavrinhas poupam muito mal-entendido, vai por mim!
(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS. Trabalhou durante 14 anos na área de comunicação e imagem em importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul. Consultora de imagem formada pelo RML Academy e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Especialista em Dress Code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial.
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