A produção mundial de vinho terá um aumento de 2% sobre 2014
A França perde o primeiro posto para a Itália na produção mundial de vinho.
A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), com sede em Paris, acaba de apresentar seu relatório. A produção mundial de vinho terá um aumento de 2% sobre 2014. A Itália, com crescimento de 10%, ascende ao primeiro lugar com uma produção prevista de 49 milhões de hectolitros, seguida de perto pela França, com 47 milhões de hectolitros e da Espanha com 36 milhões de hectolitros. Do quarto ao oitavo lugar no ranking surgem os países do novo mundo vitícola: Estados Unidos, Argentina, Chile, Austrália e África do Sul, com produções que vão dos 22 milhões a 11 milhões de hectolitros. Mas saiba que o nono lugar cabe já à China com uma produção de 11 milhões de hectolitros, quase empatada com a África do Sul. Portugal ocupa o décimo primeiro lugar.
Mas, há outra novidade que diz respeito às tendências do consumo de vinho - os rosés estão crescendo mais que os demais vinhos. A produção mundial de vinhos rosés crescerá quase 10% , ultrapassando a marca de 24 milhões de hectolitros. A França e a Espanha são responsáveis pela metade da produção desses vinhos. Entre 2012 e 2015, o consumo de vinhos rosés cresceu 20%. A França (36%) e os Estados Unidos (14%) são os responsáveis por esse crescimento vertiginoso.
O Jovem SUS e o Jovem Monitor Cultural.
Há duas iniciativas da Prefeitura de São Paulo que são merecedoras de ampla discussão. Elas qualificam, formam e inserem jovens de famílias de baixa renda o mercado de trabalho - o Jovem SUS e o Jovem Monitor Cultural. Esses programas são voltados para a faixa etária de 18 a 29 anos - são importantes para quem terminou o ensino médio e está em uma fase da vida para a qual há poucas opções de políticas públicas. Além disso, trata-se do segmento que mais sofre com o desemprego. Eles são inseridos em unidades de saúde e organizações ligadas à cultural. Nos programas, os jovens recebem um auxílio financeiro mensal e passam por 30 horas de formação, sendo seis horas de formação teórica em entidades educativas conveniadas e 24 horas de formação prática. A formação teórica abrange um rico e variado conjunto de temáticas, como: políticas culturais, diversidade e cidadania cultural, interculturalidade, linguagens artísticas, comunicação para exemplificar apenas a área cultural. Afinal, um jovem de um bairro de periferia pode contribuir para que se pense quais seriam as particularidades de ações de saúde e culturais para uma população que têm poucos acessos a elas.
O Buraco negro criado pelo BNDES que sugou a economia brasileira.
O BNDES era um banco que historicamente se financiava com os recursos do FGTS e do FAT. É claro que sua outra fonte de dinheiro era o retorno dos empréstimos que fazia. Antigamente era uma operação equilibrada entre entrada e saída de dinheiro com juros consoantes nas operações - movimentavam algo como R$ 90 bilhões. Sempre existiram alguns aportes de dinheiro do Tesouro Nacional. O Tesouro enviava para o BNDES em torno de R$14 bilhões ao ano (0,5% do PIB) que eram utilizados principalmente para os empréstimos subsidiados do crédito agrícola.
Em uma guinada na política de financiamento mantida até então, as operações do BNDES foram infladas em um nível jamais visto. Isso foi feito graças a astronômicos repasses de recursos do Tesouro para o banco. Entre 2008 e 2014, o governo enviou R$ 450 bilhões ao BNDES visando estimular o crescimento da economia, especialmente nos setores de petróleo, energia e infraestrutura. O problema é que toda essa dinheirama não estava prevista no Orçamento da União, significa que essa montanha de dinheiro surgiu pelo endividamento dos cofres federais.
A estratégia até o ano passado era a seguinte: o Tesouro emitia títulos da dívida pública pagando juros de 14% ao ano. Os reais obtidos com a venda desses papéis eram transferidos ao BNDES, que os emprestava às empresas a juros subsidiados de, no máximo, 3% ao ano. Empréstimos de pai para filho, inexistentes no mundo financeiro.
O resultado dessa política tresloucada foi um aumento de quase meio trilhão de reais na dívida pública brasileira, que hoje está em R$ 3,2 trilhões. Essa foi uma das principais razões de perdermos o selo de bom pagador ,rebaixamento feito pela agência de risco Standard & Poor´s.
A Usina São Fernando de Dourados recebeu recursos do BNDES.
A usina do grande amigo de Lula, José Carlos Bumlai, entrou no "conto de fadas" da política econômica forjada nos últimos anos. Empolgado com o crescimento do setor de álcool e açúcar, o então presidente Lula, tratou de fazer o marketing do etanol. Passou a chamá-lo de combustível verde-amarelo. Vendeu-se a ideia de que seria o combustível do futuro. Com a chegada de Luciano Coutinho à presidência do BNDES, em 2007, o estímulo se acelerou. De lá para cá, o banco colocou mais de R$ 11 bilhões no negócio das usinas de cana-de-açúcar. O saldo é desolador. Das 430 usinas que existiam no país em 2007, nada menos que 70 usinas haviam fechado as portas. É claro que a maior responsabilidade recai sobre o Ministério da Fazenda comandado por Mantega que congelou o preço da gasolina artificialmente. O impacto sobre o etanol foi imediato. Por ser menos eficiente em termos energéticos, o combustível só se torna vantajoso se custar, no máximo, 70% do valor da gasolina. Os usineiros se viram impossibilitados de reajustar seus preços, sob pena de perder mercado. As usinas passaram a ter prejuízo, e o setor se desestruturou.
A São Fernando, do grande amigo do Lula, é tão somente uma das 70 usinas que ficaram com o "mico" do boom do etanol nas mãos. Ela era a maior usina da região de Dourados. Recebeu mais de R$ 300 milhões do BNDES, em 2003, para expandir sua produção. Em março de 2015, com uma dívida que ultrapassa a casa de R$ 1,2 bilhão, a empresa tem dificuldades de manter suas portas abertas.
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