Acordo histórico na COP26: mais de R$ 9 bilhões para indígenas
Grã-Bretanha, Noruega, Alemanha, Estados Unidos e 17 doadores norte-americanos, se comprometeram na Conferência do Clima na Escócia a apoiar com um financiamento direto, de mais de R$ 9 bilhões aos povos nativos e comunidades locais para que preservem a biodiversidade. Há uma decisiva diferença dos financiamentos anteriores, desta vez o dinheiro não irá para governos e nem para ONGs que não sejam indígenas ou de comunidades locais, irá diretamente para eles.
Recebiam menos de 1%.
Os estudos que levaram à essa nova decisão, mostram que as comunidades indígenas recebiam menos de 1% do financiamento para preservar as matas e florestas. Irá, agora e até 2025, para a Aliança Global de Comunidades Territoriais (GATC), uma coalizão de organizações da América Latina, Ásia e África que representa 35 milhões de pessoas em 24 países.
Indígenas de Mato Grosso do Sul poderão receber financiamento.
Há duas organizações do Mato Grosso do Sul que estão habilitadas para receber parte desse financiamento: a Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal e Região (Arpipan) e a Grande Assembleia do Povo Guarani (Aty Guassu). Para receber dinheiro, deverão apresentar projetos para a Comissão Nacional Permanente que gerencia o Acampamento Terra Livre, uma reunião de líderes indígenas, realizada anualmente, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Haverá dinheiro, inclusive, para a aquisição de terras.
Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.