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Em Pauta

Apeiron, o medicamento que bloqueia "filhotes do vírus"

Mário Sérgio Lorenzetto | 05/04/2020 07:47
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Há pouco, fiquei atemorizado com o surgimento de três escorpiões em minha residência. Cada fêmea de escorpião tem mais de 20 filhotes em dois meses. Teria de combater 60 insetos perigosos. Os alemães acabam de descobrir que cada coronavírus, ao entrar na nossas células da garganta, produz 100.000 "filhotes" (o nome correto é "cópias"). Imaginem combater um só vírus que, em 24 horas, "cria" 100.000 indivíduos  iguais a ele. É uma bomba-relógio.


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A perda do olfato e do paladar.

Nenhuma autoridade brasileira tem nos chamado a atenção para dois sintomas do ataque do novo coronavírus: a perda do olfato e do paladar. Na Europa e nos Estados Unidos as autoridades colocam esses sintomas entre aqueles que devemos nos preocupar. A mesma pesquisa alemã que expôs a explosiva e inigualável capacidade de multiplicação desse vírus, também demonstrou que a metade dos pacientes comunicaram uma perda do olfato e do gosto, muito mais forte e duradoura que a de um resfriado comum.

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Apeiron, o medicamento austríaco que está sendo testado.

Algumas centenas de pacientes estão testando um novo medicamento para combater o coronavírus. Áustria, Alemanha e Dinamarca estão verificando se há efeitos colaterais na aplicação do medicamento APNO1, que leva o nome fantasia de Apeiron. Utilizam células-mãe embrionárias e impressoras 3D. Também demonstraram que o coronavírus utiliza uma proteína das células de nossos pulmões como porta para nelas entrar e produzir uma pneumonia grave. Essa porta é denominada AC2. O novo fármaco consegue que as proteínas do vírus se unam a ele no lugar dos receptores ACE2. Assim, os vírus não entram em nossas células e não criam seus "filhotes".

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