As vítimas de Fake News
Notícias falsas existem desde o alvorecer da humanidade. Via de regra, torcem a realidade para conquistas políticas ou econômicas. Mas existiram fake news que foram responsáveis por milhares de mortes.
1. "Judeus causam a peste negra".
Quando a peste negra surgiu na Europa Medieval, matando uma em cada três pessoas, os judeus foram acusados de serem os responsáveis pela praga. Como parecia que eles morriam menos que os outros, foram apontados como a causa, no maior fake news de todos os tempos. Acusados de envenenar poços de água e de serem protegidos de satanás, calcula-se que, no auge da peste negra, 200 comunidades judaicas foram trucidadas. E os cristãos continuaram a nem fazer ideia de que os ratos eram culpados.
2. "Cristãos devem ser jogados aos leões".
Os cristãos começaram a ser alvo de fake news quando o imperador Nero os responsabilizou pelo grande incêndio ocorrido em Roma. Eram rejeitados por não participarem das celebrações cívicas aos deuses e por pregarem a paz. Insultos e acusações começaram a circular na sociedade. Uma interpretação da eucaristia "beber o sangue de Cristo" e "comer o corpo de Cristo", fez com que fossem acusados de canibalismo. Alguns foram jogados aos leões e outros assassinados.
3. "Vacina causa autismo".
A polêmica em torno da vacina tríplice - caxumba, sarampo e rubéola - teve início quando o médico britânico Andrew Wakefield, um gastroenterologista, publicou um artigo, em 1988, a respeito do tratamento de crianças diagnosticadas com autismo. Wakefield afirmava que tais crianças desenvolveram o autismo após receberem a vacina. O médico era, na verdade, um vigarista que havia arquitetado a farsa após ser pago por um grupo que pretendia processar a indústria farmacêutica. O jornal retirou o artigo e Wakefield foi impedido de exercer a profissão. Mas o estrago estava feito. As campanhas anti-vacinação envolvem até hoje artistas e políticos.
4. "Se eles não tem pão, que comam brioches".
Dentre as acusações que renderam a morte na guilhotina a Maria Antonieta, a mais célebre até nossos dias é a frase: " Se eles não tem pão, que comam brioches". No entanto, essa frase nunca foi proferida por Maria Antonieta. As palavras são um trecho do livro "Confissões de Jean-Jacques Rousseau".
5. O plano Cohen, fake news de uma ditadura brasileira.
Em 30 de setembro de 1937, os ouvintes do programa de rádio "Hora do Brasil" foram surpreendidos com o anúncio de um plano que detalhava um golpe comunista contra Getúlio Vargas. Os direitos constitucionais foram suspensos. Era uma farsa criada por Olímpio Mourão, ex-general do exército, para garantir a permanência de Vargas no poder - que estabeleceria a ditadura apelidada de Estado Novo. Morreu a democracia e um número desconhecido de opositores.
Os brasileiros trabalham pouco? Compare com outros países ricos.
O brasileiro trabalha muito ou pouco? Tem excesso de dias de férias? A resposta pode ser mais complexa do que parece. Para traçar comparação com o cenário mundial, por exemplo, é interessante verificar o que diz a OCDE, o pequeno clube que congrega os países ricos, aquele onde nunca entramos. Vejamos a lista. Mas é importante ressaltar que não basta essa comparação. Os melhores estudiosos do assunto dizem que não basta trabalhar muito, há necessidade de produzir muito. A produtividade é a chave para entrar nesse seleto grupo de nações endinheiradas.
O cálculo do PIB, a riqueza gerada por uma nação, está ancorado na capacidade de produção em relação ao tempo. O PIB é medido por horas trabalhadas vezes a produtividade por hora. Assim, só há duas formas de uma nação ficar rica: aumentando as horas trabalhadas ou a produtividade. Mas a melhor produtividade só é alcançada com muito estudo... este é o abismo que nos separa dos ricos, pois no cômputo das horas trabalhadas estamos na mesma média do Canadá, Japão, Itália e Estados Unidos.Quanto aos dias de folga, o Brasil está bem acima dos europeus, enquanto eles têm média anual de 20 dias de férias remuneradas, os brasileiros estão na média acima dos 30 dias. Esse cômputo é bem complicado pois leva em conta os dias não trabalhados para gestantes, pilotos, policiais, fiscais, juízes, promotores e toda uma plêiade de trabalhadores que contam com mais dias livres que auxiliares de escritório, por exemplo.
Relações tóxicas entre o Brasil e a Noruega.
Dentro de poucos dias - 23 de junho - fará um ano da visita de Michel Temer à Noruega. Só a viagem de um presidente cubano aos Estados Unidos seria mais tóxica que a do presidente brasileiro. Deu-se, no primeiro momento, uma tremenda gafe. O brasileiro chamou o monarca local de rei da Suécia. Como veem, não é só o Mato Grosso do Sul que vive com as dificuldades de nome. Mas aquela tarde seria terrível.
A primeira-ministra norueguesa - Erna Solberg - admoestou Temer. Foi um puxão de orelhas para não ser esquecido. A norueguesa, de testa franzida, raivosa, anunciou que o Brasil tinha de ser passado a limpo. E, mais, que os R$400 milhões que o governo norueguês transferia para o Fundo Amazônia, iniciativa para preservação da floresta seriam reduzidos pela metade em virtude da falta de compromisso dos brasileiros com a agenda ambiental. O governo norueguês não só enviava polpudos recursos para esse tipo de causa, como para as questões indígenas. "Questões indígenas" que os fazendeiros afirmam que são verbas para incentivar invasões.
O tempo passou. O nosso eterno complexo de vira-lata ganhou mais um triste episódio para se fortalecer. Até que veio uma empresa denominada Hydro. Essa produtora de alumínio foi acusada de despejar toneladas de lixo tóxico nos rios da Amazônia. Ela vinha colocando em risco tanto o equilíbrio ecológico da região como a saúde das populações locais que se abastecem da água envenenada e dos peixes, que foram alvo de ataque da Hydro.
E quem é a Hydro? Essa produtora de alumínio pertence ao governo da........ adivinhem. Esse é o twist da história, a Hydro é do governo da Noruega. Ou seja, a senhora Solberg que resolveu humilhar o presidente brasileiro tem interesses tóxicos no Brasil.
Sempre é bom recordar que por trás de uma "ajudazinha" quase sempre há interesses inconfessáveis. Jamais foi digno de crédito quando os arautos militares afirmavam que os Estados Unidos desejavam abocanhar a nossa Amazônia. O governo norueguês provou a existência desse tipo de interesse. É melhor começarmos a questionar, a pensar e a estudar se a turma da farda têm razão. Somos pobres, apelidados de emergentes, necessitamos de auxílios de povos ricos, mas não a qualquer preço. Também temos a obrigação de lutar contra o complexo de vira-lata que está em nossos genes. A Sra. Solberg não é exemplo de comportamento nem aqui e nem na Suécia. Ops! é da Noruega.