Bastidores de Brasília: doença ou fome como bandeiras
O que é mais humano que tentar sobreviver? O medo é o sentimento que nos fez evoluir. Vida é medo. Estão intrinsecamente interligados. Em um lado da redoma de Brasília, estão os defensores da saúde politizando as débeis vitórias conquistadas. No outro lado da trincheira os defensores da fome. Também politizam suas diminutas conquistas. Comandado por esse duelo histriônico, o país se mantém dividido.
O Bolsa Seiscentão.
O Bolsa Seiscentão que impede parcela significativa da população de morrer de fome, mas não lhes permite viver sem fome. Não debela a ansiedade nutricional endêmica sofrida ao longo da vida. São milhões de estômagos brasileiros custodiados durante toda nossa história por alguma ufanista iniciativa governamental. Prisioneiros da fome eterna. As bandeiras da fome tremulam nas janelas governamentais.
O cárcere da sujeira.
O que é sabonete? Milhões de brasileiros conhecem esse produto pela televisão . A barra de sabão é a companheira. Imperceptível, a dengue é uma infecção da sujeira. O novo coronavírus levou a sujeira ao paroxismo. Inventaram que precisa de álcool. Basta água e sabão. As bandeiras da doença e os panelaços enfeitam as janelas oposicionistas.
O punhal de sílex do agrotroglodita.
Enquanto o povo bate os dentes de medo, os bastidores de Brasília agem como se nada estivesse acontecendo. A luta desenfreada pelo poder ocupa as salas dos poderosos. Nada como um país sem problemas.
No momento, aproveitando a queda estrepitosa do Mandetta, o agrotroglodita Nabhan Garcia tenta novamente tomar de assalto a cadeira da Ministra Tereza Cristina. Distribui seu cartão de visita como se fosse "Vice Ministro", cargo inexistente. A nova tentativa de se alicerçar no argumento de que Tereza é membro do Democratas, mesmo partido de Mandetta e Maia. A verdade é que a ministra representa a Frente Parlamentar do Agronegócio, uma aliança constituída com mais de 300 parlamentares. Nabhan representa a anacrônica UDR. Mas o troglodita, além do tacape, tem punhais de sílex - a pedra preferida dos homens das cavernas - que miram as costas da ministra. A pergunta que fazem em Brasília é se os punhais vencerão a competência.