Como era a primeira cabana construída pelos humanos

É comum pensarmos que os habitats clássicos da pré-história são as cavernas. Não a toa, os denominamos, erroneamente, de “homens da caverna”. Isso está bem distante da realidade. A mais importante das razões para eles não habitarem cavernas é bem simples: não existiam cavernas na imensa maioria das regiões do mundo. Pensem nas imensas planícies da região de Dourados, em MS, ou na gigantesca planície que vai desde a Grã Bretanha até a Ucrânia. Ou ainda maior: nunca existiram cavernas na Sibéria. Há outro motivo para não viverem em cavernas: necessitavam de iluminação, e por milênios, o homem não soube domesticar o fogo que lhe daria também a luz. Esses humanos também não viviam ao relento, em plena natureza. Arrumavam um teto que fosse apenas com galhos e folhas ou peles de animais.

Nas terras francesas de Périgord.

Foi nessa região que encontraram os primeiros vestígios de cabanas de homens pré-históricos. Eles passavam alguns dias nessa região anualmente. Sempre na mesma estação, esperavam as manadas de renas, que, de forma invariável, procuravam pelo rio Vézère que há por lá.

Ramos e peles.

As primeiras cabanas estavam distribuídas em um espaço circular cujos limites eram dados por grossos blocos de calcário colocados em forma de arco ou de circunferência. Era uma “paliçada” de pedra para protegê-los de animais maiores. As cabanas eram construídas com galhos fincados no chão, e presos no alto por um “agulheiro de postes” - que servia para equilibrar as varas. No interior dessa estrutura coberta realizavam atividades domésticas ou apenas descansavam. Algumas dessas cabanas eram cobertas por ramos ou peles de animais. Algo semelhante às cabanas indígenas que bem conhecemos. A “pequena” diferença é que as cabanas francesas tem aproximadamente 70 mil anos.

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