Decisão do STF deixa tudo esclarecido e nada resolvido, novamente
Decisão do STF não agrada os ruralistas nem os indígenas
Cada vez se torna mais difícil a vida dos indígenas que necessitam de mais terras para sobreviver e a dos fazendeiros que não querem trocar suas terras por um cacho de banana. O governo federal não cessa de exercitar a sua expertise – Enrolation – a última promessa do Ministro da Justiça era de parar de enrolar no dia 22 de outubro de 2013, quando decidiria a retirada dos poderes da Funai (Fundação Nacional do Índio) e repasse a outros órgãos federais, Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), dos processos de demarcações de terras indígenas.
As esperanças de todos foram depositadas no STF (Supremo Tribunal Federal). Os ruralistas acreditavam piamente que as 19 condições impostas na demarcação das terras de Roraima Raposa Serra do Sol seriam estendidas para as demais áreas do país em litígio. Os indígenas, pelo contrário, aguardavam uma decisão que definisse pela inexistência das 19 regras da área Raposa Serra do Sol para o resto do país.
Com apenas dois votos contrários, os ministros do STF decidiram que a ação tem por objeto apenas a terra indígena Raposa Serra do Sol. Era a decisão aguardada pelos indígenas. Foi explicado, contudo que a decisão das 19 regras da área Raposo Serra do Sol terá repercussão (influenciará decisivamente) sobre procedimentos de terras em litígio nos outros tribunais. A decisão aguardada pelos fazendeiros.
Ao decidir dessa maneira, o STF optou por um meio termo. Os ruralistas queriam que as 19 regras valessem automaticamente para todos os casos de demarcação e os indígenas desejavam a queda das condicionantes. Os dois lados saíram insatisfeitos do STF. Fica assim tudo esclarecido e nada resolvido, de novo
União lança programa para ter mais mulheres na Petrobras e investe R$ 11 milhões
A Petrobras abriu as inscrições para a chamada pública do projeto “Meninas e Jovens Fazendo Ciências Exatas, Engenharias e Computação”. O objetivo é selecionar 300 propostas em todo o país. As inscrições terminam no dia 18 de novembro. É dessa forma que a Petrobras, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) pretende estimular a participação de mulheres nessas carreiras, de predominância masculina hoje. Juntos, os órgãos vão investir R$ 11 milhões, sendo R$ 5 milhões de responsabilidade da Petrobras. Serão aceitos projetos apresentados por professores ou pesquisadores de universidades ou de centros de pesquisa ao valor máximo de R$ 20 mil.
O trabalho visa à equidade de gênero na companhia, que contava com 12% do efetivo formado por mulheres em 2003. Naquele ano, 4.406 mulheres estavam empregadas. Hoje, são 9.888 mulheres, representando evolução de 15,7%. Segundo a Petrobras, há dez anos, havia 28% de engenheiras de meio ambiente na empresa para 72% de engenheiros. No ano passado, a composição passou para 37% de engenheiras e 63% de engenheiros. A elevação da participação feminina foi registrada, ainda entre as engenheiras de produção, que de 14% em 2003 chegou a 29% em 2012. Na área de geologia, uma das mais estratégias, a participação das mulheres cresceu de 14% para 23% em dez anos.
Somos a sétima economia do mundo, mas ocupamos a 129ª posição no ranking de infraestrutura
Uma força tarefa do governo federal foi montada para vender nos EUA o programa de concessões em infraestrutura no valor de US$ 240 bilhões. Comandados pela presidenta Dilma, os Ministros da Fazenda, do Desenvolvimento, o presidente do Banco Central e o do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), foram a Nova York discursar sobre as vantagens de investir no Brasil.
Na sede do Goldman Sachs, no centro financeiro de Manhattan, montaram o evento The Brazil Infrastructure Opportunity. Falaram com 500 empresários. Uma informação chamou a atenção da plateia. Foi a apresentada pelo empresário João Carlos Saad, presidente do grupo Bandeirantes: “Somos a sétima economia do mundo, mas ocupamos a 129ª posição no ranking de infraestrutura. Daí a oportunidade gerada por esse atraso”.
A maior disputa pelos dólares estava com o programa peruano que, deve movimentar US$ 100 bilhões e o colombiano no mesmo patamar de recursos.
Congresso aprova – os planos de saúde são obrigados a pagar tratamentos de câncer
O Congresso Nacional aprovou projeto que ainda irá à sanção presidencial, transformando em lei, que obriga os planos de saúde a incluir em suas coberturas tratamentos contra o câncer de uso oral administrados nas residências dos pacientes, procedimentos radioterápicos para tratamento de câncer e hemoterapia (emprego terapêutico do sangue). Fique atento.
Conhece um showroomers ou um xtreme shoppers?
Conhece sim. Talvez não queira confessar ou não conheça com estes nomes. Showroomers é a pessoa que entra em uma loja, pede explicações sobre os produtos, mas só compra pela internet quando chega a sua casa. O Brasil tem 49% desse tipo de consumidor, o México tem 25% e o Chile 30%. E o xtreme shoppers? Este é o consumidor que usa fortemente a internet para buscar, pesquisar e comprar. Nem sai de casa. O Brasil tem 15% enquanto a Europa tem 14%. Quem quer montar um showroom de qualquer coisa?
Os homens que ganham um bom dinheiro para fazer nada
Seu nome é Alberto de Mello, profissão: aposentado, local de moradia: um sítio no extremo sul da cidade de São Paulo. Alberto ganha R$ 90 mil por ano para fazer nada. Isto mesmo, noventa mil reais para somente observar a natureza em sua propriedade e impedir qualquer mudança. O sítio tem 42 nascentes, tamanduás, antas, e uma família de macacos em vias de extinção os monocarvoeiros.
Ele conta que quiseram arrendar o sítio para construir um campo de golfe. Ganharia mais, contudo prefere preservar a terra. A renda é doada pelas empresas Hedging-Griffo e pela Mitsubishi. Estão em fase de discussão ou implantação de projetos com a mesma idéia: Bonito (MS), Brumadinho (MG), Palmas (TO) e São José dos Campos (SP). São administrações que ingressaram no século XXI.
Ricos – vocês pertencem a qual clube?
Pesquisa realizada em algumas das principais cidades do mundo – Nova York, Miami, São Francisco, Toronto, Londres, Paris, Milão, Berlim, Estocolmo, México, Bogotá, Rio de Janeiro, São Paulo, Buenos Aires, Joanesburgo, Cidade do Cabo, Xangai, Hong Kong, Cingapura, Mumbai, Dubai e Sydney – compartimentou os ricos em quatro grupos de identificação: o Harvard club, o culture club, o clube da luta e o country club.
Quem pertence ao universo country demonstra uma visão tradicional e acredita que ser rico é ter muitas propriedades, carros e fazer parte de círculos exclusivos. O culture club é composto por pessoas que sentem que a riqueza lhes permite ser cultos, educados e viajados e não enfatizam a situação financeira como critério de riqueza.
Os mais inseguros com sua riqueza, aqueles que temem sofrer algum revés e não só não gostam de falar de dinheiro como trocariam de bom grado o que têm por mais tempo. Este perfil é dos ricos do clube da luta.
O Harvard club aglutina os que se consideram ricos por terem características intrínsecas, sendo naturalmente talentosos e criativos, e não pelo trabalho duro ou paixão pelo que fazem.
Presença de brasileiros é marcante em clubes de ricos
Os 400 ricos brasileiros entrevistados estão majoritariamente no country club com 35% do total. No culture club congregam 22% dos ricos brasileiros. A turma do clube da luta no Brasil perfaz 20% dos entrevistados e 23% estão no Harvard club.
Uma das maiores agência de publicidade do mundo a McCann resolveu entrevistar 4 mil ricos para estudar o que denominaram de “a verdade sobre a riqueza” visando melhor orientar as empresas que se preocupam em vender mercadorias de luxo.
Alguns sinais intangíveis foram percebidos, para muitos ser rico é ter tudo em abundância: tempo, dinheiro, experiências e educação. O principal sinal exterior de riqueza que atrai a atenção da mulher brasileira são as joias (62%), enquanto no resto do mundo prevalece a postura (47%). Entre os homens brasileiros, a maioria afirma que a postura revela se o cidadão é realmente rico (67%). No mundo esse percentual é de 53%. O sapato é o segundo critério da lista masculina (30%). Entre as atividades de enriquecimento pessoal de maior destaque, 55% elegem um ano sabático viajando para ampliar seu entendimento do mundo. É... ser rico é muito cansativo!
Qual será a última coisa que o ser humano vai memorizar?
Todo mundo tem um smartphone e sempre terá. Este ano é um ponto crítico em que, pela primeira vez na história, smartphones venderão mais que telefones comuns. Em outras palavras: ter um computador no bolso é a normal. O Google está sempre a um toque de distância. Então, não faz muito sentido, na opinião de muito jovens, memorizar coisa alguma: os presidentes, a tabela periódica, as capitais dos estados ou as tabelas de multiplicação acima de dez. Os pais terão ou estão tendo uma reação previsível: desânimo ou decepção.
À medida que a sociedade avança, deixa habilidades obsoletas para trás. Temos de chorar a perda da habilidade de memorização tanto quanto choramos a perda da habilidade do código Morse ou o rapaz que no início e meados do século passado tinha grande destreza para fazer um elevador subir e descer?
Quando surgiram as calculadoras de bolso presenciei um estudante de engenharia trocar seu carro por uma máquina como essa. Os pais e educadores estavam alarmados com estudantes perdendo a capacidade de executar aritmética usando papel e caneta. Hoje, calculadoras são permitidas em quase todas as salas de aula do mundo.
Tudo depende da nossa capacidade de adaptação ao novo
No fim das contas deduzimos que as habilidades críticas são análise e resolução de problemas. Calculadoras sempre estarão conosco, então porque não deixá-las fazer o trabalho braçal e liberar mais tempo para os alunos aprenderem conceitos mais complexos ou dominar problemas mais difíceis?
Talvez devêssemos deixar o smartphone fazer o trabalho braçal em uma gama imensa de informações e liberar os estudantes para desenvolver habilidades analíticas – lógica, interpretação, solução criativa de problemas, motivação, autocontrole e tolerância.
Claro que sempre restarão algumas memorizações para o convívio no trabalho e nas conversas – aritmética simples, grafias de palavras comuns, o mapa da cidade onde vivemos... O resto, nós queiramos ou não, seguirá o mesmo caminho do catálogo telefônico, da divisão longa e da caligrafia artística... se perderá nas brumas do tempo.
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