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Em Pauta

Desobediência civil no expresso das domésticas

Mário Sérgio Lorenzetto | 19/11/2019 06:30
Desobediência civil no expresso das domésticas

As latas de sardinha, apelidadas de ônibus municipais, construíram gigantescas fortunas. E todo tipo de falcatruas. Jamais publicaram suas planilha de custos. Não existe um só fiscal que conheça seus lucros. A maioria das empresas de ônibus, entraram em outro Império, o da aviação. Denúncias, investigações, má fama, concorrência das vans, nada muda no reinado dos proprietários de ônibus. Continuam como em seus primórdios: obrigando à população a trafegar em veículos abarrotados. Qualquer prefeito, que não tivesse outra ordem de interesse, exigiria que todos fossem transportados devidamente sentados em ônibus confortáveis. Deveria ser terminantemente proibido trafegar com passageiros em pé. Aquilo que é intolerável - ser literalmente amassado dentro de um ônibus - tornou-se normal, não assombra mais.

Desobediência civil no expresso das domésticas

Além de virar sardinha, sofrem violência.

Uma força policial carrega em seu cerne uma dubiedade: combate violência, usando violência. Essa é sua essência. E sua origem. Mas, por outro lado, é o seu "tendão de Aquiles". Sua força é, ao mesmo tempo, sua fraqueza. Abusou da força, as críticas choverão torrencialmente. Um trabalho complexo e difícil de ser levado a cabo. Assim, para assegurar que as forças policiais não abusem de seu poder, normas, leis e, principalmente, treinamentos, foram criados. Uma força mal treinada, torna-se perigosa para a população. Esse é o retrato da guarda municipal. Excesso de arrogância de funcionários mal treinados e pessimamente organizados. A politicagem fez com que adquirissem direitos e não administrou seus mais comezinhos deveres. A quem protegem? Quais crimes elucidam? Previnem alguma coisa?

Desobediência civil no expresso das domésticas

Desobediência civil para que aprendam em seu quartel.

A cada aparição da guarda municipal, há alguma reclamação. Antes que piore, deveriam ser submetidos a intensos treinamentos. E sejam bem administrados. A população, durante um largo período de tempo, esteve ao lado da polícia militar, não aceitava essa indevida concorrência. O povo e a polícia militar foram derrotados, exclusivamente pela vontade eleitoreira de alguns políticos. Surgiu a guarda municipal.
Só há uma resposta a ser dada a eles: desobediência civil. O marco criado no expresso das domésticas deve ser o farol a reorientar essa corporação. Aprendam ou desapareçam. Respeitem! A dignidade de uma sociedade define-se pela maneira como cuidamos dos mais fracos.

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